Em maio de 2022, a Academia Brasileira de Ciências criou um Grupo de Trabalho (GT) interdisciplinar para a elaboração de um documento sobre a poluição por mercúrio no Brasil. A iniciativa partiu do vice-presidente da ABC, Jailson Bittencourt Andrade, que alertou para o problema durante a cerimônia de entrega do Prêmio Álvaro Alberto deste ano.

O mercúrio é um metal altamente tóxico para a saúde humana e para o meio ambiente. Apesar dos riscos representados pela poluição, esse elemento é bastante utilizado comercialmente em produtos como células eletrolíticas, lâmpadas de vapor de mercúrio, fungicidas, termômetros e equipamentos médicos. No Brasil, em particular, o mercúrio está muito associado ao garimpo ilegal, o que afeta diretamente as populações indígenas e a floresta.

Como primeira iniciativa do GT foi elaborada uma carta com recomendações ao MCTI, a pedido do ministro Paulo Alvim. O documento sugere ações que reforcem o monitoramento desse poluente no ambiente e nos alimentos, além da substituição de produtos que contenham mercúrio por alternativas tecnológicas que já existem. A ABC pede também que o Brasil retome sua participação ativa na Convenção de Minamata, envolvendo-se nos esforços globais sobre o tema.

Coordenado por Jailson Bittencourt, o grupo conta também com os Acadêmicos Adalberto Val, Alvaro Prata, Anderson Gomes, Glaucius Oliva, Luiz Drude, Mercedes Bustamante, Patricia Bozza, Paulo Artaxo, Ruben Oliven e Virgílio Almeida.

Confira o ofício enviado ao MCTI.