O Painel Científico para a Amazônia publicou o primeiro Relatório de Avaliação sobre a situação atual do bioma. O lançamento foi feito no dia 12 de novembro, durante o último dia da COP26, e urge pelo desmatamento zero como forma de evitar uma degradação irreversível da floresta.

O relatório é o mais completo levantamento sobre a Amazônia feito até hoje. Participaram 227 cientistas do mundo inteiro, dos quais dois terços são de países amazônicos. O documento é dividido em três partes. A primeira analisa aspectos físicos e biológicos da bacia amazônica e também faz um histórico da ocupação humana na região. A segunda parte foca na influência humana nos ecossistemas e seus impactos. Por fim, a terceira parte indica caminhos sustentáveis para o bioma, com o desenvolvimento de uma bioeconomia que inclua os povos locais e o fim do desmatamento.

A divulgação do relatório ocorreu em meio a uma COP onde o Brasil se comprometeu a zerar o desmatamento até 2030. Entretanto, dias após o fim da conferência, dados oficiais do sistema Prodes (Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia) indicaram que o desmatamento amazônico em 2021 foi o maior em 15 anos.

Além do compromisso sobre desmatamento, outra meta – a redução nas emissões de gases do efeito estufa (GEE) – também fica comprometida com a destruição da floresta. Cientistas alertam que, no ritmo atual, a Amazônia deixará de ser um sumidouro de carbono global para se tornar emissora, sobretudo por conta das queimadas que assolam a região.

Confira o Relatório de Avaliação da Amazônia.