Acadêmicos, profissionais de saúde e gestores políticos se reuniram na sede da Academia Nacional de Medicina (ANM), nesta quinta-feira (12), para apresentarem planos de contingência contra o aumento de casos de Covid-19, doença respiratória causada pelo coronavírus, no Brasil. O fórum “Medidas para Contenção do Coronavírus” contou com a participação do presidente da ABC, Luiz Davidovich, do presidente da ANM, e Acadêmico, Rubens Belfort, do secretário de estado de saúde, Edmar Santos, e de membros de Academias e de instituições médicas.

Uma das preocupações demonstradas pelos profissionais de saúde, durante o fórum, é com a possível sobrecarga do sistema público de saúde por novos casos de pessoas infectadas pelo coronavírus. Para o Acadêmico da ABC, Mauro Teixeira, especialista em imunofarmacologia e medicina tropical, que também esteve presente no evento, ainda não há motivo para pânico, mas é necessário que os hospitais públicos estejam funcionando e sejam bem equipados com suporte respiratório. “Temos um novo desafio, uma nova doença infecciosa. O conhecimento que está sendo gerado em relação à doença (Covid-19) e os diagnósticos são rápidos. É possível que uma vacina seja desenvolvida, no futuro, para evitar que uma nova epidemia possa voltar a rodar o mundo”, afirmou o imunofarmacologista.

Segundo o secretário de saúde do Estado do Rio, Edmar Santos, o pico de disseminação do coronavírus deve ocorrer em até um mês. Presente no evento da ANM, ele declarou que a secretaria conta com um plano estratégico articulado, desde janeiro, para a cidade e também conta com o apoio de diversos hospitais públicos e privados para o enfrentamento da epidemia no estado. “Parece que uma das coisas que freia a dispersão do vírus é a diminuição do deslocamento das pessoas. É uma atitude de cidadania que todos ajudem a prevenir o aumento do número de casos em nosso estado”, declarou o secretário após anunciar a contratação de 125 leitos de UTI da rede privada.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, convidado para o evento, enviou um vídeo à ANM com esclarecimentos sobre a pandemia que afeta o país. Para ele, ainda não é necessário que aeroportos sejam fechados e o governo está em monitoramento constante de novos casos. “O vírus apresenta baixa letalidade, mas pode atacar o sistema público de saúde. Então, nós vamos precisar de todos, daremos conforto e estaremos solidários a quem precisar”, disse.

O evento aconteceu após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado, na quarta-feira (11), o surto de coronavírus como uma pandemia, termo atribuído a uma epidemia de grandes proporções espalhada por diferentes continentes e com transmissão local. Até o momento, foram confirmadas 5.088 mortes causadas pela infecção de coronavírus no mundo, além de 137.445 casos de pessoas infectadas. No Brasil, 151 pessoas foram diagnosticadas com a doença.

 


ABC na pandemia do coronavírus: conhecer para entender!
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