Lélia Duarte da Silva Santos

Especialista em botânica e paleobotânica. Nesta área coordena o Projeto “Estudo das Flórulas do Meso e Cenozóico do Brasil”, tendo já publicado cerca de 45 trabalhos. Dentro do citado Projeto, destacam-se as pesquisas sobre a Flórula Miocênica da Formação Pirabas, no Estado do Pará, as flórulas quaternárias dos calcários travertinos da região Nordeste do Brasil, as flórulas das bacias terciárias de Fonseca e Gandarela no Estado de Minas Gerais e os vegetais do Aptiano das Formações Santana, na Chapada do Araripe, Codó no Estado do Maranhão e Areado no oeste de Minas Gerais. Na área da Botânica, destacam-se o levantamento das plantas ornamentais e espécies arbóreas existentes em matas do Estado do Rio de Janeiro realizado em 1955, para o Departamento de Parques e Jardins da Prefeitura desse Estado e a coordenação da Comissão de Reurbanização Florística do Campus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro com uma publicação especial, em 1990, sob o título: “A Vegetação do Campus da UERJ”, em comemoração aos 40 anos de fundação dessa Universidade. Na UERJ, além das atividades didáticas (aulas, palestras, orientação de monografias, teses etc.) foi Diretora do Instituto de Biologia em 1984. Nesse Instituto foi Chefe do Departamento de Botânica de 1969-1972 e Chefe do Departamento de Biologia Animal e Vegetal de 1981-1985. Ainda na UERJ ocupou o cargo de Representante dos Professores Adjuntos junto ao Conselho Superior de Ensino e Pesquisas, de 1985-1989, e de Membro da Comissão Permanente do Conselho Superior de Ensino e Pesquisas em 1988. Iniciou suas atividades em Paleobotânica, em 1956, na Seção de Paleontologia do Departamento Nacional da Produção Mineral realizando estágios nessa área científica como representante do DNPM, em 1971, na Paleobotanic Division do The New York Botanical Garden e do United States National Museum, no Laboratory of Paleontology da Berkeley University, no setor de Peleobotany do The British Museum of Natural History (Londres), no Musée National dHistoire Naturelle e no Laboratoire de la Faculté de Sciences de Paris (França) e no Geologisch-Palaeotologisches Institut der Georg-August Universität Göttingen e Tübingen (Alemanha). Distinguida pelo CNPq com bolsas de Aperfeiçoamento em 1956-1957 e de Pesquisador, de 1958-1996. Recebeu, em 1981, a medalha do CNPq em comemoração do 30º aniversário de sua fundação em reconhecimento à sua atividade científica em paleontologia. Agraciada, em 1976, com a insígnia da Inconfidência, em Ouro Preto, por méritos cívicos (contribuição ao desenvolvimento da paleontologia do Estado de Minas Gerais). Membro de diversas Associações Culturais e científicas nacionais e estrangeiras.