Gilberto Mendes de Oliveira Castro

Nasceu em 1940 e estudou no Colégio Santo Inácio. Em 1959 ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil e no Instituto de Biofísica a convite do Professor Carlos Chagas Filho. Em 1964 doutorou-se no mesmo Instituto, trabalhando com a fisiologia de células embrionárias do miocárdio, sob orientação de Antonio Paes de Carvalho.
Realizou Pós-Doutoramento com bolsa da Fundação Ford e do National Institutes of Health com Werner Loewenstein na Columbia University. Foi Pesquisador Associado do Marine Biological Laboratory, do N.I.A.I.D. -NIH/Bethesda, do Centro de Biologia da Fundação Calouste Gulbenkian, das Universidades de Kioto e Hiroshima. Percorreu toda a carreira universitária: monitor, instrutor, Professor Assistente, Professor Adjunto e Professor Titular (1987), sendo estes dois últimos cargos por concurso público. Seu interesse em Comunicação celular levou-o à colaboração com Marcello Barcinski demonstrando a formação de junções comunicantes em linfócitos estimulados por lecitinas. Passou a estudar a membrana fagocítica, tendo caracterizado as bases iônicas de sinais elétricos da membrana de macrófagos e macrófagos policariontes.
Orientou duas dezenas de alunos de iniciação científica e oito Pós-graduandos. Um de seus doutorandos, Pedro Muanis Persechini, chefia hoje o Laboratório de Imunologia, originário do Laboratório de Comunicação Celular, que fundou em 1972.
Publicou seus trabalhos em revistas de política editorial rígida, entre as quais destacam-se Journal of Membrane Biology, Biochimica et Biophysica Acta, American Journal of Physiology, Journal of Immunology e Cell Calcium. Foi editor da Seção de Biofísica do Brazilian Journal of Medical and Biological Research.
Estes trabalhos receberam cerca de trezentas citações, destacando-se: J. Memb. Biol., 5:51, 1971; J. Immunol., 11:1616, 1973; J. Memb. Biol., 61:81, 1981; Biochim. Biophys. Acta, 856:362, 1986; Amer. J. Physiol., 1993.
Proferiu sete dezenas de conferências no Brasil e no exterior, organizou uma dezena de simpósios, além de apresentar cerca de três dezenas de trabalhos em Congressos Internacionais.
Dedicou-se intensamente ao ensino, tendo sido Chefe de Departamento (por quatro mandatos), Coordenador de Pós-graduação, Vice-Diretor e Diretor do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho.
Atualmente (1996) ocupa a presidência da Fundação Universitária José Bonifácio, entidade de direito privado interveniente na prestação de serviços, assistência médica, projetos de pesquisa, ensino e administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Atuou sempre com grande satisfação nas sociedades científicas: foi Presidente da Sociedade Brasileira de Biofísica, Vice-Presidente da de Imunologia e Conselheiro da de Fisiologia e da de Biologia Celular.
Foi bolsista 1A do CNPq por 15 anos, tendo cancelado sua bolssa ao assumir o cargo de Sub-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Presidiu o Forum Nacional de Pró-Reitores de Pós-Graduação e Pesquisa. Participou do Conselho Técnico e do Conselho Deliberativo da CAPES. É membro do Comitê Assessor do Programa Integrado de Bolsas de Iniciação Científica do CNPq.
Suas áreas de interesse são a Biofísica Celular, a Comunicação Celular, a Eletrofisiologia de Membranas e a Administração Acadêmica.