Na reunião do Conselho Consultivo da Rede MCTI/Embrapii de Inovação em Bioeconomia, realizada na sexta-feira (14), a secretária de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), [a Acadêmica] Marcia Barbosa, destacou que a bioeconomia é uma área prioritária para a nova industrialização.
“Essa Rede é fundamental para conseguirmos entender quais são os gargalos”, afirmou a secretária, destacando o apoio da Embrapii na organização.
Segundo ela, o trabalho é muito importante para as futuras etapas de construção de editais, para que sejam interconectados. “Para que possamos financiar pesquisador e pesquisadora que consigam se conectar com o que a gente vai produzir lá no final”, detalhou.
A Rede MCTI/Embrapii de Inovação em Bioeconomia envolve 29 Unidades Embrapii com o objetivo de estimular e fomentar a atividade de pesquisa, desenvolvimento e inovação entre centros de pesquisa e empresas, agregando valor e sustentabilidade à biodiversidade brasileira.
O Conselho Consultivo da Rede é composto por dez associações empresariais e instituições de fomento, que abrangem um ecossistema voltado ao desenvolvimento de pesquisas e novas tecnologias com temáticas direcionadas à economia verde para atuar no apoio à indústria nacional.
A secretária Marcia elogiou ainda o modelo Basic Fund Alliance (BFA), disponibilizado pela Embrapii, para o apoio ao desenvolvimento de soluções inovadoras com nível de maturidade tecnológica menor, próximas da pesquisa básica, quando há grande risco para as empresas, e com foco em novas rotas tecnológicas voltadas para bioeconomia. Ela enfatizou que essa modalidade é uma oportunidade para jovens pesquisadores que têm uma ideia disruptiva. “Nós queremos a disrupção, a fronteira. E isso começa no laboratório e tem que estar na prateleira”, frisou.
No encontro, o presidente interino da Embrapii, Igor Nazareth, fez um balanço das ações realizadas até o momento pela Rede e um resumo das perspectivas para novos investimentos na área. Ao todo, a Embrapii apoiou 353 empresas em 345 projetos na área de bioeconomia, sendo gerados 85 pedidos de Propriedade Intelectual. O montante alavancado foi de R$ 412 milhões.
“Essa é a força da Rede MCTI/Embrapii de Bioeconomia. O diálogo com o setor privado, na identificação de gargalos e demandas, vai possibilitar que a gente pense novas frentes e áreas de fronteira, conectadas com a realidade daquilo que o setor privado precisa e daquilo que as nossas Unidades Embrapii – que é o que existe de melhor em termo de Institutos de Ciência e Tecnologia no país-, têm capacidade e competência para desenvolver. A gente vai continuar priorizando e fortalecendo essa agenda, ampliando recursos e projetos ao longo do tempo”, destacou.
O presidente da Rede MCTI/Embrapii de Inovação em Bioeconomia, Paulo Coutinho, ressaltou o potencial da bioeconomia para o Brasil. “Até 2050, o Brasil pode chegar a um aumento de Produto Interno Bruto de quase U$ 300 bilhões e com uma redução na emissão de carbono de quase 14 gigatons. Então, estamos crescendo, ampliando essa parte de bioeconomia no país”, disse.
Ele colocou a Rede de bioeconomia à disposição do MCTI para as contribuições necessárias no processo de mapeamento dos gargalos do setor.
O próximo encontro do Conselho Consultivo está marcado para agosto.