Os Anais da Academia Brasileira de Ciências (AABC) recebeu a notícia que o seu índice de impacto subiu novamente: de 1.280, ano passado, para 1.753. Em tempos de negacionismo científico, esse aumento expressivo demonstra o altíssimo potencial dos AABC.

“Apenas para que se tenha uma ideia, se cada acadêmico consultasse e utilizasse em suas publicações um artigo da revista publicado em cada um dos últimos dois anos, o índice de impacto dos AABC chegaria facilmente a 4 – mais do que o dobro do atual”, disse o Acadêmico Alexander Kellner, editor-chefe da revista. O geólogo confirmou que, apesar de não ser oficial, há grandes chances de a classificação da revista no novo sistema Qualis ser, no mínimo, A2. 

Apesar de estar em crescimento frequente, a revista continua recebendo contribuições que não têm tido destaque nas suas respectivas áreas. “Mais da metade dos artigos publicados não recebeu sequer uma citação, o que é motivo de preocupação, sobretudo se for levando em conta que os AABC são de acesso aberto e não são cobradas – por enquanto – taxas de publicação, ao contrário da tendência geral dos periódicos científicos no Brasil”, defendeu Kellner. A escassez de recursos tem sido uma grande problemática para os periódicos nacionais, conforme mostra a nota editorial publicada na edição 93.1 (confira a tradução no SciELO).

Kellner solicitou aos colegas Acadêmicos que façam uma extensa divulgação da revista, que, inclusive, possui newsletters a cada fascículo publicado com um resumo de cada um dos artigos. “Também esperamos receber artigos que promovam impacto nas respectivas áreas de atuação, sempre lembrando que nesse processo de qualificação da revista, os índices de rejeição de artigos de menor relevância tiveram que ser aumentados de forma significativa”, disse. Apesar de um backlog de artigos muito grande, a revista está fazendo um grande esforço para diminuir o tempo de publicação. O editor-chefe já assegurou que todos os artigos que forem aceitos a partir de julho serão priorizados e publicados em poucos meses. 

Acesse gratuitamente os artigos publicados pela revista na página do SciELO.