A Academia Nacional de Medicina (ANM) promoveu, no dia 2/7, o simpósio “Contribuição da Genética e das Áreas Biomédicas para o Enfrentamento da covid-19 e Considerações sobre a Integridade da Pesquisa em Época de Pandemia”. O evento foi aberto pelo presidente da ANM, Rubens Belfort Jr., que também é membro titular da ABC, e contou com a mediação do Acadêmico Marcello Barcinski. A importância da identificação do conjunto de genes do SARS-CoV-2, o vírus causador da covid-19, e sobre a genética do hospedeiro foram alguns dos principais assuntos do evento.

Ândrea Kely Ribeiro, membro afiliado da ABC entre 2008 e 2013, participou do primeiro bloco do evento e falou sobre a relação entre o genoma humano e o contágio de doenças. Segundo ela, algumas pessoas, por questões genéticas, têm maior ou menor tendência à vulnerabilidade a alguns vírus e doenças, como a covid-19. “Os dados epidemiológicos atuais mostram que o SARS-CoV-2 não atua de forma homogênea entre as populações e apresenta taxas diferentes de transmissão e de morte em regiões diversas”, afirmou.

No segundo bloco do evento, o Acadêmico Jorge Kalil apresentou um panorama mundial e as oportunidades brasileiras para o desenvolvimento de uma vacina contra o novo coronavírus. Para o Acadêmico, apesar do Brasil ainda apresentar uma evolução acentuada de novos casos de covid-19, isso trouxe o interesse dos produtores de vacinas para o país. “O vírus veio para ficar. Existe a ansiedade da população para que as atividades sejam retomadas, mas isso depende da avaliação epidemiológica para não haver um novo pico de contágios e uma vacina anti-covid19 é necessária”, disse. Segundo o médico, havia, até aquele momento, 147 vacinas registradas pela Organização Mundial da Saúde que poderão ser empregadas contra o vírus.

 

Assista as sessões na íntegra: a que contou com a apresentação do Acadêmico Jorge Kalil e a que contou com a participação da Profa. Ândrea Kely.