Giovanni Gazzinelli

GIOVANNI GAZZINELLI – Nascido em Araçuí, no Vale do Jequitinhonha em Minas Gerais, em 1927, filho de Ettore Gazzinelli (médico) e Narcy Colares Gazzinelli. Completou o curso primário em Araçuí. Em 1938 foi para o Seminário de Diamantina e sua família transferiu-se para Teófilo Otoni, berço da família Gazzinelli (oriunda da Itália). Em 1941, já residindo em Belo Horizonte com sua família, completou o curso secundário. Ingressou no mercado de trabalho como datilógrafo e posteriormente como taquígrafo, profissão essa que exerceu até diplomar-se em Medicina em 1955. No ano seguinte, casou-se com Edméa de Carvalho Gazzinelli, com a qual teve os filhos Andréa, Maria Flávia, Sergio e Iara. Durante o curso médico interessou-se por Bioquímica, freqüentando o laboratório do Professor Baeta Viana como estagiário e bolsista até 1959, quando obteve bolsa da Fundação Rockefeller para se aperfeiçoar nos Estados Unidos. Estagiou no Departamento de Bioquímica da Universidade de Utah, onde trabalhou em projetos de pesquisas relacionados com biossíntese de proteínas. Em dezembro de 1962 regressou ao Brasil contratado como Auxiliar de Ensino no Departamento de Bioquímica na Escola de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Defendeu tese em 1965, obtendo o título de Doutor em Medicina. Com a criação do Instituto de Ciências Biológicas, foi transferido para o Departamento de Bioquímica nesse Instituto, onde defendeu uma segunda tese, adquirindo o título de Doutor em Ciências em 1972. No I.C.B. foi promovido a Professor Assistente e em seguida a Professor Adjunto. Em 1976, através de concurso público, foi promovido a Professor Titular. Publicou, em colaboração, cerca de 50 trabalhos científicos e orientou no curso de Pós-graduação, mais de 20 estudantes. Por indicação do Professor Carlos Ribeiro Diniz, Chefe do Departamento de Bioquímica à época, ingressou na Academia Brasileira de Ciências. Aposentou-se na UFMG em 1980, tendo sido imediatamente contratado pela Fundação Oswaldo Cruz, onde assumiu o cargo de Pesquisador Titular no Laboratório de Sorologia. Não possuindo experiência nesta área, procurou a colaboração de um imunologista americano, Dr. Daniel G. Colley, Professor do Departamento de Microbiologia da Universidade de Vanderbilt, que conhecera na década de 70, em reunião sobre esquistossomose organizada pela Fundação Rockefeller. Com o auxílio do Dr. Colley, desenvolveu Laboratório destinado ao estudo da Imunologia Celular e Molecular de Doenças Parasitárias, no Centro de Pesquisas René Rachou (FIOCRUZ) em Belo Horizonte, onde vem trabalhando. Nesse laboratório desenvolveu diversos projetos de pesquisa, em colaboração com pesquisadores do próprio Centro, e de outros Laboratórios do Brasil e do Exterior, na área de imunologia celualr de Esquistossomose e Doença de Chagas. Na FIOCRUZ orientou inúmeros estudantes e já publicou cerca de 70 trabalhos científicos, em colaboração com pesquisadores do próprio Centro e de outros Laboratórios do Brasil e do Exterior.