No dia 22 de junho de 2017, a editora Elsevier lançou no Brasil um relatório que mediu o desempenho da pesquisa e representação de gênero ao longo de 20 anos, em 12 países ou regiões geográficas e 27 disciplinas.
O evento, que foi realizado na sede da ABC, contou com uma apresentação dos dados descritos no relatório e um debate sobre a questão de gênero na pesquisa.
Dentre as informações reunidas no relatório, o Brasil aparece como um dos quatro países com maior participação de mulheres entre autores de artigos científicos, com 49%, um crescimento de 10% em relação ao período anterior. Além disso, a proporção de mulheres entre pesquisadores aumentou entre 4 e 12 pontos percentuais, de 1996-2000 a 2011-2015, entre 12 regiões analisadas. Quanto aos artigos acadêmicos das mulheres, eles são citados ou lidos em taxas similares às dos homens. Embora as mulheres tendam a publicar menos artigos do que os homens, há um equilíbrio em termos de impacto.
“A participação das mulheres na pesquisa tem progredido, embora de forma incremental e desigual, o que é um sinal de que esforços para encorajar as mulheres a se envolverem em pesquisas, inclusive nos campos da ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM, em inglês), estão dando resultados positivos”, disse Dante Cid, vice-presidente de Relações Acadêmicas para a América Latina da Elsevier.
O debate sobre o tema foi conduzido por Alice Abreu, diretora da GenderInSITE; Dante Cid, vice-presidente de Relações Acadêmicas para a América Latina da Elsevier; Helena Nader, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); Luiz Otávio Pimentel, presidente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI); Márcia Barbosa, diretora da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e Margareth Goldenberg, sócia-diretora da Goldenberg Consultoria.
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