A Titular da Academia Brasileira de Ciências Yvonne Mascarenhas conversou com a jornalista Stefhanie Piovezan para a Folha de S. Paulo. Confira:
Uma das pioneiras da ciência no Brasil pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Yvonne Primerano Mascarenha, 91, iniciou sua carreira na área por acaso.
Premiada internacionalmente por suas realizações de impacto na química —incluindo a determinação da estrutura da oxitocina, publicada em artigo na revista Science em 1986—, a mãe da cristalografia no país mantém participação em projetos e é uma ferrenha defensora do ensino e da divulgação de ciência.
Mas não era esse o caminho que Yvonne imaginava. “O acaso exerce mais importância nas nossas vidas do que aquilo que planejamos. Você planeja em uma direção e, de repente, desvia”, ensina.
Yvonne saiu com os pais e as irmãs de Pederneiras, no interior paulista, em 1932. Após alguns anos em São Paulo, foi com a família para o Rio de Janeiro e, nas aulas no Colégio Mello e Souza, encantou-se pela área de exatas e abandonou a ideia de cursar letras clássicas. Prestou vestibular para química e, em 1949, ingressou na Universidade do Brasil, atual UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Pouco depois, iniciou também o curso de física.
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