Leia matéria publicada no jornal O Globo que também abordou a participação do Acadêmico Carlos Nobre na COP-27:
A reivindicação dos povos indígenas da Amazônia de frear o desmatamento com 80% da região ainda preservada até 2025 tem respaldo na ciência, porque, se isso não for feito, a floresta pode cruzar em 15 anos seu “ponto de não retorno”, limite a partir do qual não se sustenta mais sozinha. Essa foi a mensagem que Carlos Nobre, um dos cientistas pioneiros no estudo desse fenômeno, passou na conferência do clima no Egito (COP27).
Em uma apresentação ao lado do venezuelano Gregorio Mirabal, líder da Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica (Coica), o cientista disse que o objetivo, apelidado de “80 por 25”, está alinhado com o trabalho do Painel Científico da Amazônia, grupo internacional que coordena. Os dois se encontraram em evento lateral da COP27, transmitido via internet.
Nobre e Mirabal lançaram ontem o relatório Amazônia Viva, baseado no trabalho do painel diagnosticando a saúde da floresta. A publicação, produzida pela organização não governamental WWF, é uma espécie de sumário executivo do trabalho técnico, em linguagem para formuladores de políticas e público geral.
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