Embora os negros brasileiros (56% da população) não sejam uma minoria numérica como no caso norte-americano (13%), nos dois locais essa população tem menor escolaridade e renda, além de menos acesso a saúde e emprego. Por outro lado, tem mais chance de morrer de COVID-19 e outras doenças, ou em intervenções policiais. E em ambas as sociedades são sub-representados no sistema e na indústria cultural.

Pesquisadores que se dedicam ao tema do racismo na sociedade contemporânea estarão reunidos nesta quarta-feira (19/10), entre 10h e 11h30, no 15º evento da série “Conferências Fapesp 60 anos”.

Marcia Regina de Lima Silva é professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP) e pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), onde coordena o AFRO-Núcleo de Pesquisa e Formação em Raça, Gênero e Justiça Racial. Em suas linhas de pesquisa ela trata de temas como desigualdades e relações raciais, com ênfase em gênero e raça, educação, mercado de trabalho, políticas de ações afirmativas.

O segundo conferencista será Eduardo Bonilla-Silva, professor de sociologia na Universidade Duke (Estados Unidos). É autor do livro Racismo sem racistas – O racismo da cegueira de cor e a persistência da desigualdade na América (Perspectiva, 2019). Foi presidente da American Sociological Association em 2018. Entre seus temas de investigação estão teoria racial, racismo, raça e metodologia.

O debate será moderado por Angela Maria Alonso, professora da FFLCH-USP. E a abertura do evento será feita por Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP.

A conferência será transmitida pelo canal da Agência FAPESP no YouTube e pelo Zoom. Para assistir pelo Zoom é necessário se inscrever pela página do evento.

Os interessados podem enviar perguntas para conferencias60anos@fapesp.br.

Mais informações: 60anos.fapesp.br/15-conferencia.