O membro correspondente Herbert Bernard Tanowitz morreu, aos 76 anos, no dia 17 de julho de forma inesperada. O Acadêmico residia em Nova Iorque, nos Estados Unidos, e era professor e pesquisador do Departamento de Patologia e Medicamentos (Doenças Infecciosas) da Escola de Medicina Albert Einstein (AECM, na sigla em inglês), uma instituição conjunta do Centro Médico Montefiore e da Universidade Yeshiva.

Nascido no bairro do Brooklyn, na cidade de Nova Iorque, Estados Unidos, Herbert formou-se como bacharel em ciência pela Brooklyn College (1963) e então ingressou na Escola de Medicina Albert Einstein, onde tornou-se doutor em medicina (1967). Depois de um período de residência no Hospital Lincoln, retornou à AECM em 1973. Pouco tempo depois, serviu à Marinha dos Estados Unidos durante dois anos e, embora tenha retornado à AECM já em 1975, permaneceu como membro da instituição militar até 2008.

Tanowitz foi um infectologista bastante dedicado ao seu trabalho e era reconhecido pelo pioneirismo nos estudos de parasitas, em particular pelo seu trabalho com a doença de Chagas, causada pelo Trypanosoma cruzi. Seu laboratório investigou a Cardiopatia Chagásica, uma insuficiência cardíaca causada pela doença de Chagas, e as consequências da infecção pelo Trypanosoma cruzi na fisiopatologia do hospedeiro. Como professor, lecionava as disciplinas intituladas “Parasitologia”, “Patologia Geral” e “Patogênese Microbiana”, e também era editor associado de renomados periódicos internacionais. Ele também praticava a medicina e era muito querido por seus pacientes, para quem ele provia cuidado excepcional.

Em 2010, tornou-se membro correspondente da Academia Brasileira de Ciências. Durante os muitos anos de carreira, colaborou com diversas instituições brasileiras e recebeu, em seu laboratório, diversos pesquisadores brasileiros. Quando visitou o Brasil, foi recebido como uma celebridade por pesquisadores e alunos, devido às grandes contribuições feitas para a ciência e em reconhecimento aos seus inúmeros artigos, leituras necessárias para todo aquele que deseje se aprofundar na doença.

Também em 2010, ele recebeu o Dominick P. Purpura Distinguished Alumnus Award e, em 2011, o Prêmio Walter Colli durante a 27a reunião anual da Sociedade Brasileira de Protozoologia.

Apesar de algumas lutas recentes com a saúde, o Dr. Tanowitz permaneceu ativo, produtivo e otimista. Ele deixa as três filhas, Pam, Meredith e Jill e suas famílias.