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Após 13 meses de prisão, o cientista político etíope Merera Gudina foi libertado pelo Governo da Etiópia na última quarta-feira, 24 de janeiro. Em julho do ano passado, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) apoiou a campanha promovida pela Rede Internacional de Direitos Humanos das Academias e Sociedades Acadêmicas, que tem a Acadêmica Belita Koiller como membro de seu Comitê Executivo. Na ocasião, foi enviada uma carta ao Primeiro Ministro da República Democrática Federal da Etiópia, Hailemariam Desalegn, pedindo a soltura do pesquisador.
Professor de Ciência Política na Universidade Addis Ababa, membro do parlamento e líder opositor do governo, Merera foi preso em Addis Abeba, após viagem a Bélgica, onde havia sido convidado pelo Parlamento Europeu para falar sobre a situação dos direitos humanos no estado de emergência na Etiópia. Além do cientista político, outros ativistas etíopes participaram do evento.
No final de fevereiro de 2017, Merera foi preso pelo Governo da Etiópia por ter cometido crimes contra a segurança nacional, em função de entrevistas concedidas à mídia e participações em reuniões com uma liderança política de oposição.
A Rede Internacional de Direitos Humanos das Academias e Sociedades Acadêmicas apelaram para funcionários de alto nível do governo para que Merera fosse libertado. Em sua defesa, foi ressaltado que o pesquisador havia sido preso por causa de sua atividade política pacífica.
Em 15 de janeiro deste ano, funcionários da Etiópia derrubaram todas as acusações contra Merera e o libertaram. Assim como ele, outras 500 pessoas que estavam presas sob as mesmas acusações foram soltas.
Confira aqui a carta enviada pela ABC ao Primeiro Ministro da República Democrática Federal da Etiópia.