Com um desejo de trazer à tona a discussão sobre a ciência e pesquisa na sociedade e divulgar a importância do saber científico, cientistas, pesquisadores e simpatizantes da área vem se organizando na Marcha pela Ciência, que acontecerá no dia 22 de abril, em Washington.

A iniciativa começou com uma parceria entre Caroline Weinberg, escritora científica e educadora de saúde pública e Jonathan Berman, pesquisador da Universidade do Texas, que, preocupados com os rumos que a política americana vem tomando, acreditavam que a sociedade científica deveria se unir. Ainda que a motivação do tweet de Caroline que deu início à parceria tenha sido sua preocupação com os impactos das políticas de Trump na ciência, o grupo de organizadores defende que a Marcha não é partidária.

A dupla se uniu a Valorie Aquino, doutorando de antropologia e, num esforço de comunicação, conseguiu cerca de 300 mil seguidores na conta da Marcha no Twitter, um grupo no Facebook e um site onde vendem camisas para arrecadar fundos. O trio formou ainda um comitê que se organiza nas redes sociais para divulgar a marcha.

Importantes associações já mostraram apoio à ação como a Earth Day Network, a Sigma Xi, relevante sociedade de pesquisa, e a AAPA (Associação Americana de Antropólogos Físicos). Esta última cancelou, inclusive, a reunião do último dia de seu encontro anual, que aconteceria no mesmo dia da Marcha, para que os que estariam presentes no encontro pudessem mostrar apoio à ação.

O movimento se espalhou não só pelos Estados Unidos como também por outros países, principalmente da Europa, que se mobilizaram em torno da iniciativa e criaram suas próprias Marchas locais. No site da ação é possível se inscrever e localizar uma marcha em sua região ou se inserir em uma rede de contatos para que uma nova possa ser criada.