O segundo e último dia do evento “A Pesquisa na Agricultura: implicações para a sustentabilidade e a segurança alimentar global”, realizado em Goiânia (GO) em comemoração ao Centenário da Academia Brasileira de Ciências (ABC), priorizou o debate pela agricultura sustentável e a questão da Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF). A programação se estendeu com palestras e painéis de debate que levantaram temas importantes relacionados à produção sustentável de alimentos e à formação de profissionais vocacionados a trabalhar nesta área. Ao final, foi entregue a “Carta de Goiânia: ciência, produção de alimentos e cidadania”, com as principais gargalos e demandas do setor.
A programação teve início com a palestra “A formação de profissionais vocacionados para uma agricultura sustentável”. O palestrante foi o engenheiro agrônomo e 1º vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Leonardo Ribeiro. Em sequência, foi realizado o painel sobre “Sistemas agroflorestais e recuperação de pastagens”. Roberto Giolo, da Embrapa Gado de Corte, e João Kluthcouski, da Embrapa Cerrados, apresentaram tendências e necessidades da produção de alimentos, especialmente com a questão da Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF).
O jornalista Fernando Barros, do Fórum do Futuro, trouxe sua contribuição sobre “Informação científica e democracia na sociedade em rede”. Ele ressaltou a necessidade em se dizer ao mundo quem são os cientistas brasileiros e que podemos aumentar a produção com responsabilidade social e ambiental.
A questão da Agricultura de Precisão foi tratada, na parte da tarde, pelo palestrante Francisco de Assis de Carvalho Pinto, da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Em sua exposição, dentro da programação do evento, ele tratou da variabilidade existente no campo e das ferramentas que podem ser aplicadas para otimização de insumos. Encerrando a tarde de debates, os palestrantes Iriani Rodrigues Maldonade, da Embrapa Hortaliças, e Paulo Marçal Fernandes, da Universidade Federal de Goiás (UFG), trataram da questão da produção de alimentos seguros, incluindo o trabalho com orgânicos. O debate foi coordenado pela presidente da FapDF, Ivone Rezende Diniz.
Carta de Goiânia
Ao final do evento, foi apresentada a “Carta de Goiânia: ciência, produção de alimentos e cidadania”, por uma plataforma científica e tecnológica como base do desenvolvimento social e econômico do Brasil – A contribuição do Centro-Oeste. O documento reúne os principais pontos relacionados ao setor agroindustrial, suas demandas, e será levado à Reunião Magna da ABC, que será realizada no Rio de Janeiro, de 4 a 6 de maio. A Carta foi apresentada pela presidente da Fapeg, Maria Zaira Turchi, e pelo jornalista Fernando Barros, do Fórum do Futuro, que foi o responsável por reunir as informações discutidas em encontros anteriores à sua elaboração.
Confira aqui a matéria sobre o primeiro dia de evento.