O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) coordenará uma sessão paralela sobre o desenvolvimento e sustentabilidade da Amazônia no Fórum Mundial da Ciência (FMC), que acontece em novembro na cidade do Rio de Janeiro (RJ).
A participação foi confirmada pelo presidente da Academia Brasileira de Ciência (ABC), Jacob Palis, durante sessão especial sobre o fórum na 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), quando apresentou a programação do evento que contará com a participação de cientistas brasileiros e estrangeiros discutindo e trocando experiência nas áreas em que atuam.
O diretor do Inpa e membro titular da ABC Adalberto Val, considera a participação do Instituto no FMC um motivo de orgulho para o Brasil e em particular para a Amazônia, que mereceu uma sessão sobre o tema. “É um momento extremamente importante porque pela primeira vez na história o fórum vai ser realizado fora do nicho original que é em Budapeste, na Hungria. É uma sessão paralela sobre a Amazônia com a participação de diferentes países não só da América do Sul, mas também da Europa, que vão discutir sobre diferentes assuntos relacionados à região”, explicou o diretor.
Oportunidades de parcerias
Palis afirmou ainda que o fórum internacional é uma oportunidade de firmar cooperações entre instituições brasileiras e estrangeiras, ressaltando que representantes de instituições de referências estarão no evento. Na avaliação do diretor do Inpa, as oportunidades de parcerias que surgirem serão avaliadas desde que a participação das instituições sejam igualitárias. “A cooperação precisa ser simétrica sempre e precisa estar pautada no ombro a ombro para que o desenvolvimento dos projetos não vire um processo de colonização e isso não nos interessa”, ressaltou Val.
O Instituto tem parcerias com universidades e centros de pesquisas internacionais, a exemplos a Universidade de Kyoto no Japão – mapeamento do genoma do peixe-boi da Amazônia – e o Instituto de Biologia da Eslovênia (NIB – sigla em inglês) – estudo dos efeitos das mudanças climáticas sobre organismos aquáticos da Eslovênia.
Adalberto Val acredita que a infraestrutura e a capacitação humana do Inpa são fatores significativos para possíveis cooperações. ” Eu diria que das instituições brasileiras, o Inpa está entre as que se destacam muito nesta área de cooperação internacional por dois motivos internacionais: primeiro por conta da Amazônia e segundo pela competência do instituto”, destacou o diretor.