Se mantiver o ritmo de crescimento (8,2% ao ano) observado no período de 2003 a 2009, a Indústria Brasileira de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (IBSS) deverá apresentar crescimento receita líquida R$ 71 bilhões este ano. No que toca às pessoas ocupadas no setor, a evolução é mais expressiva. A projeção é de que o setor encerre 2012 com um contingente de 600 mil pessoas, após registrar crescimento médio superior a 10%, em igual período. Seguindo essa tendência, o número de empresas do setor também cresceu, em média, 4% ao ano, devendo completar o ano com um total de 73 mil.
Os dados fazem parte do segundo volume do estudo “Software e Serviços de TI: a indústria Brasileira em Perspectiva”, divulgados, nesta terça-feira (10) pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex). A publicação confirma a tendência de crescimento do IBSS, nos últimos anos, em taxas superiores às do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Para o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, “esses estudos são cruciais para saber qual é a situação das empresas, movimentar e organizar políticas em função dessas realidades”. Na oportunidade, Raupp destacou a cooperação histórica entre o ministério e a indústria de informática, assim como o caráter estratégico e de inovação desta área, que possui interface com outros setores da economia.
“É fundamental para a modernização da nossa sociedade para o estímulo e a capacidade de desenvolvimento econômico do País”, acrescentou o ministro, ao anunciar o lançamento, em agosto, do Programa Estratégico de Software e Serviços de TI. “O objetivo é incrementar a indústria de TI no Brasil. Nós queremos dar um grande impulso na indústria de software”, afirmou.
Novas políticas
O secretário de Política de Informática do MCTI, o Acadêmico Virgilio Almeida, avaliou que os números divulgados evidenciam a importância do setor. “Os dados quantitativos são importantes, tanto para o setor público quanto para o setor privado. Para o setor público, são fundamentais para o estabelecimento de novas políticas públicas. É também uma fonte de informações para que as empresas se planejem para o futuro”, afirmou o secretário, para quem há necessidade de manutenção de investimentos na formação de mão de obra.
O presidente da Softex, Ruben Delgado, ressaltou a força do setor, incluído entre as prioridades do governo federal em ações como o Plano Brasil Maior e a Política Nacional de Software. Ele lembrou que, em 2002, o setor exportava R$ 200 milhões. “É certo que temos muito para crescer, mas aumentamos em 15 vezes em dez anos. O governo tem considerado o nosso setor como estratégico e a indústria tem dado a sua resposta”, assinalou.