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Ciências Biológicas | MEMBRO CORRESPONDENTE

John Marius Opitz

(OPITZ, J.M.)

15/08/1935
Americana
05/05/2009

Nascido em 1935, na Alemanha, imigrou para os Estados Unidos em 1950. Em 1951, começou os estudos com o professor Witschi, de Zoologia, em Iowa City, em embriologia, genética e endocrinologia reprodutiva. Começou a trabalhar e pesquisar em Genética Pediátrica em 1959 no Escola de Medicina de Iowa City. A ênfase inicial era a delineação e a definição de síndromes (Opitz GBBB, Smith Lemli-Opitz, trigonocefalia C de Opitz, síndrome de Opitz-Kavaggia, etc.). Com o forte encorajamento de Oswaldo Frota-Pessoa e Anita Wajntal (então professores visitantes da Universidade de São Paulo, trabalhando em Madison) começou estudos avançados da biologia e genética do desenvolvimento, levando-o ao (re)descobrimento do conceito de campo do desenvolvimento e sua primeira introdução na medicina e genética clínica. Esse conceito tem levado a uma classificação racional das malformações humanas, baseado em critérios filogenético-evolutivos, e considerações de heterogeneidade casual. O conceito de campo do desenvolvimento tem sido poderosamente reforçado em animais experimentais por experts tais como Eric Davidson, Sean Carroll, Scott F. Gilbert e Rudi Raff, entre outros. Essa direção da pesquisa básica e clínica tem sido estendida à visão darwiniana de que tudo que se desenvolve [seja normal ou anormal] tem evoluído. Por mais de 30 anos tenho estado trabalhando com colegas brasileiros tanto em atividades didáticas (q.v. Opitz JM, 1982: Topicos recentes de genética clínica, Revista bras. genét.), como em pesquisa clínica, incluindo Newton Freire-Maia, Ruiz Pilotto (Curitiba), Oswaldo Frota-Pessoa, Claudette Gonzalez (que estagiou conosco em Madison), Iris Ferrari, Anita Wajntal, Mayana Zatz, Paulo Otto (todos da USP, São Paulo), Heirie Mendez (Porto Alegre), e muitos outros, como um dos mais produtivos e gratificantes aspectos de minha vida profissional. A pesquisa atual concentra-se na definição molecular de sete ou mais síndromes FG ligadas a X, agradecendo com particular prazer ao belo trabalho de Fernanda Sarquis Jehee e Angela Vianna-Morgante no Instituto de Biociências, USP sobre FGS5 (q.v. Amer. J. Med. Genet. 139A: 221-226, 2005). O trabalho continua com Paulo Otto, também da USP, sobre uma nova síndrome brasileira dominante autossômica, envolvendo agênese fibular e outras malformações dos membros, ainda não mapeadas. Dr. Opitz vislumbra muito mais anos de colaboração com colegas e amigos brasileiros, especialmente com Angela Vianna-Morgante da revista Genetics and molecular biology (Brasil).