O Programa Aristides Pacheco Leão de Estímulo a Vocações Científicas (PAPL) foi criado pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) em 1994. O nome do programa é uma homenagem ao neurofisiologista Aristides Pacheco Leão, que presidiu a ABC entre 1967 e 1981. Em 1993, tornou-se presidente emérito, em homenagem póstuma.
O PAPL já foi apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), em períodos diferentes. Após a edição de 2019, o programa foi descontinuado por falta de apoio financeiro ainda que sempre atraísse muitos jovens interessados.
O PAPL já apoiou, aproximadamente, 750 estudantes de graduação de todas as Instituições de pesquisa e ensino do Brasil. Um grande número desses estudantes manteve-se na vida acadêmica, dedicando-se à pesquisa em programas de pós-graduação (mestrado e doutorado) e pós-doutorado, em seus estados de origem ou em outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, inclusive no exterior. Alguns são, hoje, docentes e bolsistas de pesquisa do CNPq.
Nova parceria
Agora, o acordo entre a ABC e a Fapesp dará nova dimensão ao PAPL por um período de cinco anos, renováveis por mais cinco. Na nova versão do Programa Aristides Pacheco Leão para Vocações Científicas (PAPL / ABC – Fapesp), o programa ampliou o número de bolsas e agora contempla todas as áreas do conhecimento no âmbito da ABC. O acordo prevê que, a cada ano, 50 alunos de graduação poderão estagiar durante as férias de verão em laboratórios liderados por membros titulares da Academia.
O público-alvo, portanto, são estudantes vocacionados para as ciências de todas as instituições de ensino e pesquisa do Brasil, que terão a oportunidade estagiar até 50 dias em laboratórios de excelência.
A ABC espera que, com o exemplo da Fapesp, outras FAPs participem do PAPL, ampliando exponencialmente o número de jovens sendo formados para a ciência e ampliando o intercâmbio de conhecimentos científicos entre todas as regiões do país.
O funcionamento
Os membros titulares da ABC de todo país interessados em receber bolsista deverão se cadastrar na ABC e no sistema da Fapesp, cujo link será divulgado em breve. Assim, a lista resultante ficará disponível para que os estudantes possam entrar em contato com o pesquisador de interesse e, então, elaborar uma proposta de treinamento científico.
Os candidatos devem ser alunos de cursos de graduação, regularmente matriculados em cursos das diferentes áreas do conhecimento e de todos os estados brasileiros. É obrigatório que os alunos estejam vinculados a programas de Iniciação Científica (com ou sem bolsa) em suas instituições, já tendo comprovado assim seu interesse e motivação para atuar em projetos de pesquisa.
O programa PAPL em parceria entre a FAPESP e a ABC também inova ao oferecer 50 bolsas na modalidade EVC, no total de R$ 5 milhões, para subsidiar o transporte, a estadia e a realização do estágio.
A divulgação
O lançamento da nova versão do Programa será realizado em evento no dia 2 de dezembro, às 18:30. Assistam a transmissão no canal da ABC no You Tube.
Para o diretor-científico da FAPESP, Luiz Eugênio Mello, que é membro titular da ABC, o estímulo a jovens talentos é importante pilar dessa iniciativa. “Parear jovens brilhantes com cientistas destacados é uma ideia que a ABC já executou antes e com muito sucesso. Para a FAPESP, poder retomar essa ação é uma oportunidade com potencial transformador. A participação da FAPESP no PAPL valoriza a excelência que temos no Brasil e faz parte de uma estratégia de ampliação de nossa interação dentro do país”, ressaltou.
“A ABC e a Fapesp têm como objetivo comum difundir a ideia de que a ciência é um fator fundamental para o desenvolvimento social e tecnológico do país. O Brasil precisa muito de jovens cientistas integrando nossa rede de produção e aplicação de conhecimento”, disse o presidente da ABC, Luiz Davidovich.
Conheça o histórico do programa e leia depoimentos de participantes de versões anteriores.