

Carlos Alberto Aragão, Aziz AbSaber, José Ivonildo do Rêgo, Sergio Rezende, Iberê Ferreira de Souza,
Marco Antônio Raupp, Micarla Souza, Luis Antônio Elias, Fernando Ribeiro, Adalberto Val
Formaram a mesa da abertura o secretário de Ensino, C&T do Ministério da Defesa; Almirante de Estado Gilberto José Richal; o presidente do CNPq e Acadêmico Carlos Alberto Aragão; o geógrafo e Acadêmico Aziz AbSaber; o reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, José Ivonildo do Rêgo; o ministro de Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende; o governador do Estado Iberê Ferreira de Souza; o presidente da SBPC Marco Antônio Raupp; a prefeita de Natal Micarla Araújo de Souza; o secretário-executivo do MCT Luis Antônio Rodrigues Elias; o diretor da Finep Fernando Ribeiro; o vice-presidente da ABC para a região Norte Adalberto Val e o diretor-presidente da Fapern Paulo Valdemiro Cunha; o secretário de Desenvolvimento Econômico Francisco Cipriano de Paula II; o presidente da Comissão Executiva da UFRN João Felipe da Trindade.




O reconhecimento a destacados brasileiros “seniores” foi seguido pela valorização aos jovens: os representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da Associação Nacional dos Pós-graduandos (Anpeg) tiveram voz na solenidade. O diretor ANPG Vasco Rodrigo, substituindo a presidente Elisângela Lizardo, agradeceu a oportunidade de realizar paralelamente à Reunião da SBPC, junto com a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a União Nacional dos Estudantes (UNE), o 2º Salão de Divulgação Científica. “Enfim vemos a C&T como política de Estado, atrelada ao setor produtivo para agregar valor à indústria brasileira, gerar renda e distribuí-la de forma mais justa”. Outro líder estudantil, Augusto Chagas, presidente da UNE, parabenizou a SBPC pela escolha do tema, destacando o enorme potencial de riqueza que o Brasil tem que é o mar, do qual o pré-sal é apenas uma pequena parte. “Defendemos que 50% do lucro oriundo do pré-sal sejam destinados a ciência, tecnologia e educação – uma causa que toda a sociedade brasileira deveria abraçar.”
O ministro da Ciência e Tecnologia Sérgio Rezende expressou sua satisfação em compartilhar aquele momento com todos os presentes, cumprimentando especialmente o Presidente de Honra da SBPC Prof. Ricardo Ferreira, presente na plateia. Ele relembrou da última reunião da SBPC realizada em Natal, há 12 anos, logo após o Brasil ter perdido a Copa para a França. Observou que no início desse mês o Brasil perdeu a Copa, mas os brasileiros não ficaram tão aborrecidos como naquela época. “Vivíamos tantas dificuldades que ganhar uma Copa era uma das poucas alegrias que tínhamos. Hoje o país vive um momento diferente. Ainda temos dificuldades sérias a enfrentar, como a educação. Mas sabemos o caminho a seguir, o que fazer e como fazer. E estamos investindo nisso”.
Rezende comentou que no dia seguinte apresentaria os resultados do Plano Nacional de Ciência e Tecnologia e que tem o orgulho de deixar o cargo com a sensação de dever cumprido e deixando um legado para o seu sucessor. Destacou que os candidatos à presidência foram convidados para debates durante a Reunião e que acha difícil imaginar um retrocesso na área de CT&I, dados os avanços obtidos e consolidados.

O presidente da SBPC, Marco Antônio Raupp, matemático e diretor do Parque Tecnológico de São José dos Campos, agradeceu a colaboração da UFRN, assim como da Prefeitura e do Governo de Natal. Destacou a parceria da SBPC com a ABC na luta pelo avanço da Ciência brasileira, agradecendo ao vice-presidente regional da ABC Adalberto Val por estar presente, representando o presidente da entidade. “Jacob Palis é um grande parceiro.”
Ele destacou os avanços da produção científica brasileira, tanto internamente quanto em nível internacional. Mas observou que o desafio agora é fazer com que a produção de conhecimento ocorra em outros espaços além das universidades, fortalecendo os institutos de pesquisa e estimulando, especificamente, a pesquisa e desenvolvimento dentro das empresas, ponto inicial e final da cadeia de inovação. “Precisamos investir na aliança entre o conhecimento científico e a economia, gerando benefícios mais imediatos e diretos para a sociedade. Temos que construir estrutura para esse novo caminho da ciência brasileira”.
Raupp deu como exemplos bem sucedidos de investimentos em P&D a Embrapa, a Petrobras e a Embraer, líderes mundiais em suas áreas de atuação. “Mas precisamos ter outros exemplos de grande porte como esses”. Destacou o potencial do mar territorial brasileiro, com área e biodiversidade semelhantes às da Amazônia. “Precisamos de uma Embrapa para a Amazônia, uma Embrapa para o mar e uma Embrapa para a indústria.”
