Leia entrevista do Acadêmico Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional, à jornalista Elisa Martins, da revista Ciência Hoje:
Em menos de 48 horas, acabaram-se os 12 mil ingressos para a reabertura do bicentenário Museu Nacional/UFRJ, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro. Quem não conseguiu a reserva gratuita on-line precisa encarar longas filas de espera na entrada, onde se ouvem depoimentos emocionados de adultos saudosos ansiosos por esse reencontro e de crianças que nunca haviam pisado no edifício histórico.
A reabertura, de 2 de julho a 31 de agosto deste ano, é parcial e temporária, mas simbólica. Desde o trágico incêndio de setembro de 2018, o público não podia acessar os ambientes internos da sede do museu, o Paço de São Cristóvão, que continua em obras. Nas três salas abertas, os visitantes podem apreciar os avanços no restauro do palácio, entre algumas paredes ainda com marcas do fogo, e rever peças como o meteorito Bendegó, sobrevivente das chamas e símbolo de resistência do museu. Uma das novidades da programação “Entre Gigantes: uma experiência no Museu Nacional” é o esqueleto de um cachalote de quase 16 metros de comprimento que foi afixado na nova claraboia do edifício.
“Queremos que o museu seja ainda mais importante para as próximas gerações. E isso só vai acontecer se conseguirmos dialogar com elas. Isso inclui falar, mas também ouvir. É um desafio de todos os museus do mundo”, diz à CH o paleontólogo Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional/UFRJ. Até agora, o processo de restauro inclui descobertas que surpreenderam os pesquisadores: a revelação da coloração original do Palácio, por exemplo, e de que a escadaria monumental não existia na época da família real. Identificar esses vestígios, em paralelo ao restauro de estruturas e peças afetadas, compõem o complexo desafio da reabertura total, prevista para 2028, com mais uma reabertura parcial programada para 2026: “Estamos fazendo das tripas coração para não parar, uma vez que ainda não temos todo o dinheiro prometido”, diz Kellner.
Leia a entrevista na íntegra no site da Ciência Hoje