No dia 6 de junho, a comitiva da Academia Brasileira de Ciências (ABC), em visita à China a convite da Academia Chinesa de Ciências (CAS), esteve no Instituto de Física de Altas Energias (IHEP), em Pequim.
Integravam o grupo a presidente da ABC, Helena Nader; o vice-presidente, Jailson Bittencourt de Andrade; o vice-presidente para a Região Norte, Adalberto Luis Val; o vice-presidente para São Paulo, Glaucius Oliva; os Acadêmicos Wanderley de Souza e Vivian Vasconcelos Costa; e o secretário-executivo de relações internacionais da ABC, Marcos Cortesão.
O IHEP é o maior laboratório chinês para o estudo de física de partículas. O projeto começou como uma subdivisão Instituto de Energia Atômica do país, em 1973, e dez anos depois recebeu o projeto do primeiro colisor de partículas do país, cujas primeiras colisões, em 1988, colocaram a China no cenário global da física de altas energias. Desde então, o IHEP cresceu significativamente, tornando-se um dos maiores centros de pesquisa do país, referência internacional em física de partículas, além de atuar em áreas como ciência dos materiais e biologia.
Nas décadas seguintes, o instituto expandiu sua infraestrutura e colaboração internacional, com projetos como o Observatório de Raios Cósmicos em Yangbajing, o Laser de Elétrons Livres de Pequim (BFEL) e o Reator de Neutrinos de Daya Bay, que em 2012 revelou uma nova oscilação de neutrinos, reconhecida mundialmente como um dos maiores avanços científicos do ano. O IHEP mantém uma parceria histórica com a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) e outros institutos de ponta no mundo inteiro.
Durante a visita, a presidente da ABC apresentou a Academia aos pares chineses e também reforçou a vontade da comunidade científica brasileira de colaborar com a China, sobretudo a partir do nosso acelerador de partículas nacional, o Sirius, infraestrutura do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM).
