
Participantes do primeiro painel da segunda semana de InnSciD + TWAS Lacrep Workshop 2021.
A conferência InnSciD 2021 (Escola de Diplomacia de Inovação e Ciência de São Paulo) chegou a sua segunda e última semana, que se encerrará no dia 13/8. O painel Science Diplomacy Trail, ocorrido na manhã do dia 9 (segunda-feira), marcou a abertura da última semana de debates globais em diplomacia científica.
O InnSciD 2021 é uma iniciativa da Academia Mundial de Ciências (TWAS, na sigla em inglês) e do Lacrep (Latin America and the Caribbean Regional Partner, braço da TWAS voltado para países da América Latina e do Caribe) em parceria com a Academia Brasileira de Ciências e a Universidade de São Paulo (USP).
O painel reuniu cientistas de renome e representantes de instituições paulistas para falar sobre a relevância de tópicos como colaboração internacional, investimento em ciência e perspectivas para o futuro.

Segundo Onuki, a resposta para um problema global científico, tal como uma pandemia, é expandir o debate entre pesquisadores e formuladores de políticas e promover conversas interdisciplinares entre cientistas de várias partes do mundo.

Entre os anos de 2011 e 2019, a instituição deu ênfase ao estabelecimento de novos vínculos com outras agências de fomento, instituições de pesquisa e órgãos multilaterais. Entre 2015 e 2020, 105 acordos foram assinados. O resultado das parcerias é positivo: durante esse período, mais de 2400 artigos foram submetidos a chamadas internacionais. Segundo dados apresentados pelo pesquisador, em 2021, foram um total de 626 submissões. De uma maneira geral, os acordos só trazem benefícios: a identificação de melhores práticas, foco na amplificação dos resultados e ajuda na elaboração de políticas públicas.
Além de estimular a cooperação científica internacional, a instituição também apoia colaborações nacionais entre pesquisadores de diversos estados do país, sendo Amazonas, Rio Grande do Sul e Alagoas os principais parceiros.

Ele reforçou, mais uma vez, a importância da diplomacia para a ciência, e o papel do InnSciD 2021 de estender a discussão para jovens cientistas: “este workshop pode nos ajudar desfrutar dos benefícios do progresso científico. Aproveitem as discussões”, disse o Acadêmico, incentivando os participantes a interagirem entre si durante os intervalos.

Ferraz da Silva destacou dois objetivos centrais do InnSciD: levantar o tópico da diplomacia científica para os acadêmicos brasileiros e levar pela primeira vez para as academias o conceito de inovação diplomática. Esse conceito se difere da diplomacia científica por englobar características econômicas, comerciais e monetárias.
A inovação científica deve ser levada em conta quando associada a preocupações com pautas contemporâneas urgentes que estão moldando o mundo, tais como tecnologia e geopolítica, distribuição internacional de poder e lideranças tecnológicas. A versão africana para propriedade intelectual e assuntos relacionados à inteligência artificial e governança global são alguns exemplos.
“O momento pede que países de diferentes continentes contribuam para a intersecção de diferentes conhecimentos e práticas, fortalecendo laços e criando mecanismos multilaterais”, afirmou.

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