Como faz desde 2007, a revista Época publicou uma lista das 100 personalidades mais influentes do Brasil. Na categoria Construtores, que elege os empreendedores de todos os tipos que ajudam o Brasil a avançar, foram citados os Acadêmicos José Roberto Boisson de Marca, que entrou na lista pela primeira vez, e Miguel Nicolelis, indicado em 2007, 2008 e 2009.
O carioca José Roberto Boisson de Marca foi o primeiro brasileiro eleito para a presidência do Instituto de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE), a maior organização técnico-profissional do mundo, com 400 mil membros em 160 países. Ele assumirá o cargo a partir de janeiro de 2014.
Boisson formou-se em engenharia elétrica/telecomunicações pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), com mestrado e doutorado na mesma área pela University of Southern California (EUA). Atualmente é professor da PUC-Rio, atuando principalmente em comunicações móveis, gerência de recursos de rádio, simulação, sistemas celulares. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências e membro do Conselho Consultivo da Agência Brasileira de Inovação (Finep).
Miguel Angelo Laporta Nicolelis formou-se em medicina na Universidade de São Paulo (USP). Na mesma instituição, cursou o doutorado em fisiologia geral, onde sofreu grande influência do Acadêmico César Timo-Iaria. O pós-doutorado foi realizado no Hospital Universitário Hahnemann, associado ao Drexel University College of Medicine, EUA. Professor titular de neurobiologia e engenharia biomédica e co-diretor do Centro de Neuroengenharia da Duke University.
Nicolelis lidera um grupo de pesquisadores da área de neurociência da Universidade Duke 3, em Durham, Estados Unidos, no campo de fisiologia de órgãos e sistemas, com o objetivo das pesquisas é desenvolver próteses neurais para a reabilitação de pacientes que sofrem de paralisia corporal, criando membros robóticos controlados por meio de sinais cerebrais. Ele também concebeu e lidera o projeto do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, na capital do Rio Grande do Norte, onde uma das suas linhas de pesquisa visa caracterizar a resposta tecidual ao implante dos mesmos eletrodos utilizados nas pesquisas que são desenvolvidas em seu laboratório na Universidade Duke 4. Os primeiros resultados desta linha de pesquisa receberam destaque internacional ao serem divulgados na prestigiosa revista PLoS ONE, trabalho este totalmente desenvolvido no Brasil.