
Alexandra foi escolhida por seu trabalho de avaliação da atividade de acetilcolinesterase e alterações comportamentais induzidas por ketamina em um modelo animal de esquizofrenia em ratos, desenvolvido na Universidade Estadual de Santa Catarina (UNESC).
A pesquisadora e orientadora permanente do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense busca entender melhor como funciona a doença da esquizofrenia. Através da padronização em laboratório de um modelo animal da doença, Alexandra desenvolve estudos comportamentais e bioquímicos na tentativa de compreender mais a fundo os transtornos psiquiátricos.
A certeza de estar no caminho certo na pesquisa que realiza, como diz, vem, justamente, da conquista desse prêmio que, para a cientista, representa um incentivo à sua carreira e à pesquisa brasileira. “As mulheres vêm demonstrando, cada vez mais, competência em tudo de que participam e não tem sido diferente na ciência. Hoje, várias cientistas tem seu nome em destaque nas pesquisas. Conseguir financiamento do governo e de empresas privadas, como é o caso desse prêmio, mostra que nosso país vem investindo na pesquisa, e sabemos que para o desenvolvimento de um país, a pesquisa é fundamental”, avalia.
Alexandra garante que o prêmio é também importante pela visibilidade que dá ao projeto. Segundo a bioquímica, ter o nome e a pesquisa postos em evidência chama a atenção das pessoas para o estudo que realiza. “Recebi vários e-mails e telefonemas de pessoas influentes e de outras que nem são do meio científico. Isso mostra como estão atentas e se interessam pelo nosso trabalho”, comemora a ganhadora, que pretende utilizar o valor do prêmio para financiar o projeto, através da compra de equipamentos e reagentes necessários e também para atualizar conhecimentos, participando de congressos e encontros específicos da área.