
Ao explanar sobre a educação científica, Roitman afirmou que a ciência é o melhor caminho para se entender o mundo e que o conhecimento científico é o capital mais importante do mundo civilizado: “Investir em sua busca é investir na qualidade de vida da sociedade”, destacou.
De acordo com o pesquisador, o investimento na pesquisa científica tem como principal objetivo o conhecimento de tudo que nos cerca. Roitman explicou que a segunda metade do século XX foi marcada pelo grande avanço na produção de novos conhecimentos e na introdução de novas tecnologias, que alteraram radicalmente os padrões estabelecidos até então, e resultaram em mudanças de amplitude global em todos os setores da sociedade.
“Nesse novo contexto, cresce cada vez mais a importância do papel da educação e da pesquisa científica e tecnológica para atender às necessidades e oportunidades que se apresentam a cada momento. Mas os instrumentos criados pelas novas tecnologias dependem essencialmente de recursos humanos capacitados para acessar informações e transformá-las em conhecimento e inovação”, atentou.
Conforme explicou Roitman, a educação científica desenvolve habilidades, define conceitos e conhecimentos estimulando a criança a observar, questionar, investigar e entender de maneira lógica os seres vivos, o meio em que vivem e os eventos do dia a dia. Além disso, estimula a curiosidade e imaginação e o entendimento do processo de construção do conhecimento.
Roitman destaca que ela também representa o primeiro degrau da formação de recursos humanos para as atividades de pesquisa científica e tecnológica. “Neste contexto deve-se deixar claro que as políticas públicas para área de ciência e tecnologia devem ser amplas, envolvendo não só a inovação, mas, fundamentalmente, o desenvolvimento das ciências, tendo ainda a educação científica, em todos os níveis, como prioritária”.
Eduardo Mortimer, da UFMG, apresentou um quadro geral da formação de professores no Brasil, do índice de qualidade dessa formação e problemas enfrentados pelos professores formados, como a falta de estímulo.
De acordo com o pesquisador, o Brasil, de um modo geral, está sim formando gente qualificada, mas falta um estímulo para fazer com que o professor sinta-se à vontade em sala de aula.