Na abertura da exposição Dinossauros no Sertão no Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, o diretor Sérgio Alex de Azevedo destacou o grande interesse do público pelo tema e afirmou que o acervo do Museu é o maior do Brasil na área da paleontologia, principalmente o material da Bacia do Araripe, localizada entre Ceará, Piauí e Pernambuco.
A reconstituição do exemplar apresentado no evento foi realizado pela equipe do Museu, que envolve profissionais de diversas áreas e de todos os níveis – desde estudantes de iniciação científica, técnicos, mestrandos, doutorandos até pós-doutores. “Todo o material exposto foi realizado aqui – desde a pesquisa pré-campo, as coletas realizadas nos afloramentos, a preparação dos fósseis, o processo de modelagem e cópia, o processo de construção da exposição, até a elaboração dos trabalhos científicos”, conta o diretor.
Roberto Dória, Alex Kellner, Sérgio Alex
Roberto Dória, chefe de gabinete da Fundação Carlos Chagas Filho de Apoio à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj), patrocinadora da exposição junto com o CNPq, representou o diretor presidente, Ruy Garcia Marques. Roberto destacou que entre as diversas atribuições da Faperj está a divulgação e popularização da ciência, e uma exposição de paleontologia de vertebrados é um bom modelo de difusão do conhecimento científico.”O tema tem um grande apelo junto ao público das escolas e ao público do museu em geral. A parceria entre este e a Faperj já é antiga e vem sendo muito bem sucedida”, arrematou Dória.
Um dos organizadores da mostra, o Acadêmico Alexander Kellner, juntamente com o Acadêmico Diogenes de Almeida Campos, foram os responsáveis pela descoberta dos fósseis do Angaturama limai – o primeiro dinossauro carnívoro brasileiro de grande porte já montado no país, o Angaturama limai, com quase seis metros de comprimento, utilizando 60% de material original. A exposição conta ainda com réplicas e fósseis originais encontrados na região do Araripe, famosa por ser um dos maiores sítios fossilíferos do país. Na mostra, os visitantes poderão acompanhar a evolução e a diversidade de espécies encontradas na região há mais de 110 milhões de anos, durante o chamado período Cretáceo.
Na abertura do evento, Kellner referiu-se ao novo programa do Museu Nacional, De Pijama no Museu. “A idéia é reunir um grupo de crianças para passar a noite no Museu, atraídas pelos dinossauros e com uma série de atividades planejadas, mostrando que o Museu tem mais coisas interessantes, além dos dinossauros e encerrando com um café na manhã seguinte junto com os pais, ao virem buscá-los. Será um novo desafio.”