José Pelúcio Ferreira
(PELÚCIO FERREIRA, J.)
Nasceu am 1928 em Lambari, MG, filho de René Alves Ferreira e Luiza Pelúcio Ferreira. Em 1952 graduou-se em Economia pela então Faculdade de Ciências Econômicas da universidade do Distrito Federal (atual UERJ). Cursou pós-graduação em Administração Pública, com concentração em Economia, na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Porto Rico, de 1954 a 1955 e a seguir participou de seminários e estágios na Universidade de Stanford. Em 1953 foi, aprovado em concurso público, admitido como economista no então Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico. Participou do Programa de Desenvolvimento Econômico no Grupo Misto BNDE/CEPAL. Desempenhou diversas funções de chefia até o nível de Chefe de departamento. Em 1964, foi um dos formuladores do Fundo de Desenvolvimento Técnico-Científico (FUNTEC), que dirigiu até 1969. O primeiro contrato do FUNTEC, que veio a ser o grande promotor da pós-graduação formal no Brasil, foi celebrado com a Escola de Engenharia Química da então Universidade do Brasil, do qual veio a originar-se a COPPE/UFRJ. Progressivamente o FUNTEC apoiou muitos outros mestrados e doutorados nas Engenharias e estendeu sua abrangência para as Ciências Sociais e para a Economia, chegando a desembolsar, a fundo perdido, mais de US$30 milhões (preços de 1974) por ano. Importância maior do FUNTEC, entretanto, foi a introdução do conceito de projeto no âmbito da comunidade científico-tecnológica. Em 1969 foi incumbido, no cargo de Secretário-Geral Adjunto do então Ministério do Planejamento e Coordenação Geral – MINIPLAN, a gerir no nível técnico o recém-criado Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – FNDCT. Em 1971 foi nomeado Presidente da Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP – que por alteração dos seus estatutos passou a exercer cumulativamente com as de Presidente da FINEP , as de Secretário-Geral Adjunto do MINPLAN. A década de 70 presenciou extraordinário progresso na ciência e tecnologia brasileira, no meio da qual o FUNTEC, por assim dizer, foi substituído pela FINEP, aumentando-se os financiamentos por praticamente uma ordem de grandeza. Além do FNDCT, a FINEP desenvolveu várias outras linhas de financiamento, cabendo destacar o Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Empresa Nacional – ADTEN, na mesma época a FINEP como agente do Tesouro Nacional negociou com sucesso o que veio a ser o primeiro financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID – em ciência e tecnologia. Deixando o Governo Federal em 1979 dedicou-se a participar da organização do Instituto de Economia Industrial da UFRJ, onde permaneceu até 1981, quando aceitou integrar a Diretoria da Sementes Agroceres S.A. Exonerou-se em 1987 por ter sido nomeado Secretário de Estado de CIência e Tecnologia do Rio de Janeiro, posição que ocupou durante toda a administração estadual que se encerrou em 1991. Foi o período em que a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de janeiro – FAPERJ – passou efetivamente a apoiar a ciência fluminense, adquirindo para tal, inclusive, os correspondentes mandatos constitucionais e legais. Criou-se também a Empresa Fluminense de Tecnologia – FLUTEC – destinada a financiar a tecnologia do setor produtivo. Estabeleceu-se, ainda, o Instituto Politécnico do Rio de Janeiro – IPRJ – para, em Nova Friburgo, colaborar no desenvolvimento de algumas das tecnologias avançadas convergentes com as vocações do Estado. O Centro de Ciências do Estado do Rio de Janeiro – CECIERJ – tornou-se uma fundação e passou a dispor de sedes próprias: na capital, por convênio com a UERJ e em Nova Friburgo, em área adjacente ao IPRJ. Permaneceu como Presidente da Fundação Padre Leonel franca, instituição ligada à PUC/RJ, função não remunerada que exerceu até fevereiro de 1996.
(Texto escrito por Amílcar Figueira Ferrari)