Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp), com mestrado, doutorado e pós-doutorado realizados no Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Dra. Monica Andersen é hoje d ocente nesta universidade e pesquisadora da disciplina Medicina e Biologia do Sono.

Nascida na cidade de Anápolis, no estado de Goiás, a cientista de 34 anos começou a se interessar pela Biologia ainda criança, sob a influência do tio Sergio Levy, biólogo, com quem adorava conversar. Quando entrou para a faculdade, no curso de Ciências Biológicas, a admiração por um professor em particular, Katsumasa Hoshino, a guiou definitivamente para o campo da pesquisa. “Considero-me privilegiada por ter tido pessoas tão especiais na minha vida que influenciaram a minha paixão pela Ciência”, afirmou.

A notícia de que havia sido uma das sete ganhadoras do Programa Para Mulheres na Ciência foi recebida com muito entusiasmo. “O prêmio propicia o desenvolvimento de um maior número de pesquisas de alto mérito e ainda reforça a atuação e a importância do papel da mulher na Ciência. Já obtive outros prêmios ao longo da carreira, mas este certamente é o mais importante”, destaca.

Sua pesquisa pretende estabelecer e compreender a relação entre os distúrbios do sono e as alterações no desempenho sexual masculino. “A investigação sobre o impacto da privação de sono sobre o comportamento sexual poderá oferecer um maior entendimento sobre essa interação, seus mecanismos, além de poder contribuir para uma melhor resposta ao tratamento. No futuro, pretendemos ampliar nosso estudo para avaliar os efeitos da falta de sono associada à cocaína e outras drogas na função erétil masculina”, explica.

Na vida da Dra. Monica Andersen trabalho e lazer se confundem: “Amo tanto o que faço que é difícil separar uma coisa da outra. Muito da minha realização pessoal é resultado do lado profissional”. Ela dedicou o prêmio à sua mãe, já falecida, por ter contribuído muito em suas pesquisas, “e a todas as mulheres que fazem ciência no nosso país”.