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Ciências Biomédicas | MEMBRO TITULAR

Célia Regina Ribeiro da Silva Carlini

(CARLINI, C.R.)

10/02/1956
Brasileira
19/12/2008

Célia Regina Carlini, biomédica (1978) pela UNIFESP, tem mestrado (1981) e doutorado (1985) em Biologia Molecular (Proteínas), também pela UNIFESP, ambos orientados por Jorge Almeida Guimarães. Foi professora adjunto no Departamento de Bioquímica Médica da UFRJ no Rio de Janeiro por 17 anos, e realizou pós-doutorado (1993-1995) no Center for Insect Science, Universtiy of Arizona, EUA. Em 1997 fez concurso para Professor Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Atualmente é bolsista de produtividade nível 1A do CNPq e Pesquisadora-líder do Centro de Biotecnologia da UFRGS. Dedica-se ao estudo das relações estrutura versus atividade biológica e mecanismos de ação de proteínas tóxicas, como toxinas de venenos de serpentes e a canatoxina, uma neurotoxina vegetal, isolada no seu mestrado. Estudou os venenos da surucucu (Lachesis muta), da cascavel (Crotalus durissus terrificus) e da jararaca (Bothrops jararaca), e caracterizou mecanismos de ação da canatoxina e convulxina (isolado do veneno da cascavel) em plaquetas sanguíneas. Tendo caracterizado a canatoxina como uma isoforma de urease, seu interesse focalizou-se nessas enzimas, presentes em bactérias, fungos e plantas. Demonstrou que ureases de plantas possuem propriedades inseticida e fungicida independentes da atividade enzimática, participando de mecanismos de defesa das plantas. Seus estudos mostram que ureases bacterianas e fúngicas podem contribuir para a patogênese de doenças. No caso da espiroqueta Helicobacter pylori, que produz gastrite e câncer gástrico em humanos, o grupo da Dra. Carlini demonstrou que, além de alcalinizar a acidez do estômago permitindo a sobrevivência da bactéria, a urease dessa bactéria ativa rotas eicosanóide-dependentes que acentuam o processo inflamatório. Além de duas patentes no Brasil, Célia Carlini publicou, até janeiro de 2008, 63 artigos e 3 revisões em revistas internacionais com política editorial rígida e recebeu mais de 850 citações (fator H, 17). Formou 18 mestres e 14 doutores, alguns dos quais são hoje docentes de outras IES, como UFRJ, UFF, UERJ, UFC, UCS, PUC-RS, atuam em empresas de biotecnologia ou estão realizando pós-doutoral no Brasil ou no Exterior. Célia Carlini coordenou programas de pós-graduação de destaque no cenário nacional, como o PG Química Biológica na UFRJ (nota 7, um mandato,’) e o PG Biologia Celular e Molecular na UFRGS (nota 6, atualmente no 4º mandato,’), foi membro da Câmara de Pós-Graduação da UFRGS, e atuou nos comitês da CAPES na área de Ciências Biológicas I. Desde 2003, Célia Carlini integra o corpo editorial do Toxicon, periódico oficial da International Society on Toxinology, tendo sido Guest Editor de um volume especial (44, de 2004) dedicado a toxinas de plantas. É um dos Editores Seccionais de Bioquímica do Brazilian Journal of Medical and Biological Research, e atua como referee de mais de 15 periódicos internacionais.