Diretor do Museu Nacional, o Acadêmico Alexander W. A. Kellner, que é também editor-chefe dos Anais da ABC, enviou artigo para as Notícias da ABC:

Depois de um processo coordenado pela Unesco, estamos divulgando o escritório de arquitetura selecionado para elaborar o projeto de reconstrução do palácio de São Cristóvão, sede do Museu Nacional/UFRJ. Também está incluído no projeto o Anexo Alípio Miranda. Trata-se de mais um passo decisivo para devolver a instituição o quanto antes para a sociedade.

Todo o procedimento foi feito de acordo com as diretrizes que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN) estabeleceu para esse projeto. A comissão que atuou para escolher a proposta vencedora foi composta por profissionais experientes em arquitetura e patrimônio, particularmente em obras realizadas em bens tombados. Além desses, também atuaram profissionais da UFRJ, do Museu Nacional, do Instituto Cultural Vale, entre outros, os quais tiveram grande dificuldade em escolher a melhor dentre as várias propostas de excelente qualidade que foram apresentadas.

O vencedor foi o consórcio formado pela H+F Arquitetos e Atelier de Arquitetura e Desenho Urbano. Ambas as empresas possuem muita experiência em obras de bens tombados tanto no Rio como em São Paulo, o que nos deixa a todos muito animados. A ideia central é a de incorporar, de uma forma moderna, o palácio e o anexo ao parque da Quinta da Boa Vista, sem que percam as suas características históricas.

Finalmente, o nosso maior objetivo é ser um museu de História Natural e Antropologia inovador, sustentável e acessível que promova a valorização do patrimônio científico e cultural e que, pelo olhar da ciência, convide à reflexão sobre o mundo que nos cerca e, ao mesmo tempo, nos leve a sonhar. Com mais essa notícia temos certeza de estarmos no caminho certo.

Aproveito a oportunidade para renovar os nossos agradecimentos aos parceiros desse importante projeto, com destaque para a Unesco, o Instituto Cultural Vale, o BNDES, o Bradesco, os deputados federais do Rio de Janeiro, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a Superintendência do Patrimônio da União (SPU), a Associação Amigos do Museu Nacional, o Instituto Goethe, o Governo Federal da Alemanha, os Governos da França e de Portugal, e tantos outros que nos apoiam. Sem esquecer a nossa Alma Mater, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que, a despeito de tantos desafios, está do lado do Museu nessa complexa, mas fundamental missão de reconstruir aquela que é a primeira instituição científica do Brasil.

 

Veja a nota no jornal O Globo: