Leia matéria de Fábio Schaffner para o GaúchaZH Saúde, publicada em 11/5:

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Hallal estava em casa no domingo, 22 de março, quando a secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, sugeriu a realização de um estudo sobre o avanço da covid-19 baseado em testes rápidos. A ideia surgiu num grupo de WhatsApp formado dias antes por iniciativa do secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luís Lamb. O objetivo era reunir num fórum digital os principais especialistas das universidades gaúchas em saúde pública, epidemiologia, administração hospitalar e tecnologia da informação. A partir das discussões, o governo do Estado queria montar uma base de dados capaz de guiar a tomada de decisões no enfrentamento do novo coronavírus.

Eram 12h59min quando Hallal respondeu à secretária. “Arita, eu posso ajudar com o desenho e a logística dessa pesquisa”. Começava a tomar forma o estudo que está acompanhando o avanço quinzenal da covid-19 no Estado. A cada duas semanas, 4,5 mil pessoas são testadas para que se possa aferir qual percentual da população tem anticorpos e qual está contaminado com sintomas leves ou nenhum, o quão rápido o vírus está se espalhando e qual a mais confiável estimativa de letalidade. Com essas respostas, o governador Eduardo Leite está dando início nos próximos dias a uma gradual flexibilização da quarentena.

A eficácia do experimento gaúcho despertou o interesse do Ministério da Saúde e a partir da próxima semana a pesquisa terá abrangência nacional, com três fases de testes em 33.250 pessoas. Estudos semelhantes estão sendo conduzidos na Áustria e na Islândia, mas com um universo bem menor de pessoas — 1.544 testes na Áustria e 2.283 na Islândia.

— Cada estimativa que se tem numa pesquisa possui uma margem de erro própria, mas no gerala margem de erro da nossa é ao redor de 1 ponto percentual, para mais ou para menos. Além disso, o teste que usamos é muito bom, com sensibilidade de 85% (máximo de 15% de falsos negativos) e especificidade de 99% (máximo de 1% de falsos positivos), o que também dá muita confiança para os resultados da pesquisa — explica o reitor.

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