Leia  artigo do Acadêmico Hernan Chaimovich para a Revista Questão de Ciência, publicado em 4/5:

O número de infectados por SARS-Cov-2 é extremamente difícil de ser quantificado, e a quantidade de pessoas infectadas por SARS-Cov-2 que sofrem de COVID-19, embora em tese mais fácil de detectar é, assim mesmo, desconhecida. É necessário esclarecer que existem muitas evidências que mostram que uma porcentagem alta, maior do que 70%, dos infectados por SARS-Cov-2 não desenvolve COVID-19. Esse universo, número de infectados e número de doentes, é essencial para definir estratégias racionais de isolamento social, e seu eventual relaxamento, durante uma pandemia.

O número de infectados pode ser estimado medindo a resposta imune em toda a população, ou usando amostragem populacional da resposta imune. Tal informação é crucial, uma vez que as mortes, as internações hospitalares por COVID-19 e os efeitos socioeconômicos da necessária paralisação de um número significativo de atividades continuam a desafiar a Humanidade.

Uma desgraça que caracteriza a COVID-19 é a mortalidade dos infectados, em uma proporção que, independente do detalhe das muitas estimativas, ultrapassa as porcentagens das últimas pandemias de influenza. Como o número de infectados, bem como o número de doentes, é incerto, a porcentagem de letalidade, isto é, quantos dos infectados morrem quando adoecem, só pode ser estimada. As taxas de letalidade estimadas variam por uma ou duas ordens de grandeza, dependendo do lugar e das políticas de isolamento social, dentre outras variáveis. Contudo, não existem evidências consistentes que coloquem a letalidade abaixo de 0,5%.

 

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