Leia a matéria de Everton Lopes Batista para a Folha de São Paulo, publicada em 20/04:

São Paulo – Longas horas longe de casa e vários projetos de pesquisa conduzidos simultaneamente. Cientistas brasileiros que encabeçam as pesquisas relacionadas ao novo coronavírus relatam um aumento drástico no volume de trabalho e mudanças na dinâmica dentro dos laboratórios de pesquisa.

No meio desse turbilhão trazido pela pandemia, a cooperação entre cientistas de diferentes laboratórios e universidades cresceu, o que anima os pesquisadores.

“Não existe um projeto sequer de um único pesquisador de uma única unidade ou universidade. Vários estudantes de pós-graduação se candidataram para ajudar. Todo mundo está trabalhando em colaboração, e isso é magnífico”, afirma Marcos Silveira Buckeridge, diretor do Instituto de Biociências da USP [e membro titular da Academia Brasileira de Ciências]. “Estamos nos comunicando muito mais do que antes.”

Os cientistas também enxergam no cenário atual uma oportunidade de fazer com que a sociedade retome a confiança na ciência, já que as pessoas recorrem à ela em busca de soluções.

Enquanto as pesquisas sobre o novo coronavírus têm uma explosão no mundo todo, cientistas que trabalham com outras linhas de estudo são obrigados a diminuir o ritmo de suas investigações para cumprir as medidas de distanciamento social durante a pandemia.

As ciências biológicas são particularmente sensíveis a esse novo cenário. Muitos experimentos precisam de cuidados intensivos: há células, substâncias, plantas e animais que dependem de manutenção cuidadosa para não serem destruídos.

“Procuramos manter tudo funcionando no mínimo”, afirma Marcos Buckeridge, diretor do Instituto de Biociências da USP. De acordo com o biólogo, um revezamento de alunos de pós-graduação e funcionários permite que os cuidados sejam mantidos. “Os bichos não podem ficar sem comida, e as plantas precisam de cuidados”, diz.

 

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