Cientistas de 21 países da África, Ásia, Américas e Europa  reuniram-se na ABC no dia 10/2, na sessão de abertura do Fórum Mundial para Mulheres na Ciência – Brasil 2020. Os dois primeiros dias, 10 e 11, serão dedicados a um workshop de Habilidades para Comunicação e Liderança em um Mundo 5G, para pesquisadores jovens que buscam aperfeiçoar suas habilidades para falar em público, escrever projetos e artigos e coordenar pesquisas e redes de colaboradores.

Mariana Fioravanti, Meghie Rodrigues, Nerina Finetto, Amal Amin e Márcia Barbosa

Na mesa de abertura estavam a fundadora da iniciativa, da rede e do movimento de Mulheres na Ciência Sem Fronteiras (WISWB, na sigla em inglês) Amal Amin, professora associada do Centro Nacional de Pesquisas do Egito; do Brasil, a diretora da ABC, Márcia Barbosa (UFRGS), membro do Comitê Organizador do evento; e as palestrantes de comunicação científica Meghie Rodrigues (jornalista especializada), Mariana Fioravanti (Talent Marcel) e Nerina Finetto (Traces.Dreams).

Além de Amal Amin e Márcia Barbosa (UFRGS), o Comitê Organizador do evento contou com as ex-afiliadas Carolina Naveira-Cotta (2015-2019), da UFRJ, e Andrea Simone Stucchi de Camargo (2008-2013), da USP-São Carlos.

Amal Amin destacou que os cientistas hoje não são apenas produtores de conhecimento. Atuam também como consultores de ciência e mentores, com responsabilidade crescente em suas respectivas sociedades, em todo o mundo.

Ela agradeceu o apoio da ABC e destacou apresentou a plataforma WISWB, que tem como foco promover a igualdade de gênero nas comunidades científicas para garantir o desenvolvimento sustentável.  “A ideia é conectar cientistas jovens e seniores, estudantes, professores e a sociedade como um todo com a ciência livre, sem fronteiras culturais ou de gênero”, relatou.

Amin explicou que os encontros são sempre multidisciplinares e buscam estimular liderança em jovens cientistas, porque hoje cientistas têm que ter habilidades adicionais para lidar com novos desafios globais. “Precisam envolver o público, os formuladores de políticas públicas, a indústria, além de manter boa comunicação com os pares locais e de outros países, numa necessária cooperação internacional”, argumentou. Com este objetivo, foram convidadas especialistas para promover o workshop no primeiro momento do evento.

A química, especialista em nanotecnologia e polímeros, reiterou que, além de desenvolver novas qualificações, os cientistas têm que ampliar o entendimento das suas responsabilidades enquanto cidadãos globais que podem contribuir para mudar o mundo, com pequenas ações na direção correta.

Amin finalizou citando o físico teórico norte-americano Brian Greene, que disse que “quando os jovens olharem para os cientistas como olham para os músicos e atores, a civilização terá dado um salto para outro nível”.

Depois das outras palestrantes que compuseram a mesa se apresentarem – falaremos mais delas nas matérias a seguir -, a Acadêmica Márcia Barbosa pediu que todas as participantes usassem seus celulares, compartilhando fotos, posts e comentários com a hashtag #WFWS2020. “Precisamos usar todas as mídias para divulgar nosso movimento e nosso trabalham. Comuniquem-se. Juntas nós podemos.”

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