Para contribuir com um modelo completo da formação e evolução de galáxias, a astrofísica Karín Menéndez-Delmestre desenvolveu um estudo que busca desvendar os processos que levam à formação das estruturas nos diferentes tipos de galáxias. Como a luz de galáxias distantes leva muito tempo para chegar até o observador, as imagens analisadas pela cientista as mostram nos seus estágios mais primitivos. Juntando imagens de galáxias próximas e distantes, Karín visa entender como esses sistemas estelares mudam ao longo dos bilhões de anos da história do universo.
Nascida em Porto Rico, Menéndez tem formação internacional. Graduada em física pela McGill University (Canadá), doutorou-se em astronomia pelo California Institute of Technology e fez um pós-doutorado em Carnegie Observatories, também na Califórnia, EUA.
Sua pesquisa atual é desenvolvida a partir da aplicação de leis fundamentais da física na análise de imagens de galáxias feitas por telescópios espaciais e na superfície da Terra. Há quatro anos no Brasil, ela acredita que a premiação ajuda a estabelecer modelos femininos de referência em pesquisa. “Reconhecimentos como esses chamam atenção para o ótimo trabalho que as mulheres desempenham na ciência. Ainda não existe um equilíbrio de gênero nessa área e é fundamental acabar com qualquer estereótipo sobre ser mulher e cientista”, diz.