A Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Academia Nacional de Medicina (ANM) reconhecem a importância dos órgãos de controle da Administração Pública no papel de zelar pelo bom uso dos recursos públicos, em consonância com as leis do país.

Ao mesmo tempo gostaríamos de assinalar a grande relevância da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para a educação e a pesquisa científico-tecnológica de nossa nação, uma vez que sobre ela pairam dúvidas quanto a procedimentos administrativos, sobre os quais não nos cabe opinar.
A UFRJ é a mais antiga de nossas Universidades, fundada em 1920. Ao longo de sua rica história transformou-se em notável patrimônio nacional. Conta hoje com cerca de 3.600 professores e 56 mil alunos, 100 cursos de pós-graduação strictu sensu, muitos deles com ótima avaliação da CAPES/MEC, 300 cursos lato sensu e seus campi localizam-se em nada menos que onze municípios fluminenses. De seus centros e laboratórios de pesquisa brotam, com frequência, trabalhos de grande valor nos diversos ramos do conhecimento.
A Universidade abriga a COPPE, de grande destaque nas áreas de engenharia a nível internacional, a Bio-Rio, como polo de biotecnologia com mais de duas dezenas de empresa incubadas e graduadas, a COPPEAD que atua na área de administração, também com amplo reconhecimento por sua qualificação e o Museu Nacional, que guarda peças arqueológicas, etnográficas, botânica e zoológica de inestimável valor nacional.
Cabe ainda ressaltar que o campus da UFRJ também abriga o notável centro de pesquisas da Petrobras, o Cenpes, como também o da Eletrobras, o Cepel, o Instituto de Engenharia Nuclear, ligado a CNEN, e do Centro de Tecnologia Mineral, que atua nos setores mínero-metalúrgico, de química e de materiais. Coroando tudo isto, a UFRJ planejou e promoveu o seu Parque Tecnológico, que é de grande envergadura, abrigando mais de 40 empresas, das quais um número significativo são Centros de Pesquisas de importantes empresas multinacionais, que absorveu mais de R$ 1 bilhão em investimentos privados e gera milhares de empregos a pesquisadores e técnicos brasileiros.
Tudo isto se constitui em riqueza extraordinária para o Brasil, tanto no presente quanto no futuro. Nossas Academias expressam a convicção de que as dificuldades do momento atual serão superadas e sua trajetória será cada vez mais brilhante e útil à Sociedade Brasileira.
Rio de Janeiro, 27 de novembro de 2012.
Presidente
Academia Brasileira de Ciências
MARCOS FERNANDO DE OLIVEIRA MORAES
Presidente
Academia Nacional de Medicina