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Susana Inés Cordoba de Torresi

Graduou-se em físico-química (1983) pela Universidade de Córdoba, na Argentina e obteve o doutorado em ciências químicas (1988) pela mesma instituição. Fez estágio de pós-doutoramento na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e na Universidade de Paris, na França. Foi professora visitante em várias oportunidades na Universidade de Paris VI; Universidade Joseph Fourier, Grenoble, França; e Universidade Nacional de Engenharia, Peru. Mantém colaboração internacional com pesquisadores de diferentes países como Argentina, Austrália, Colômbia e Inglaterra (ORDEM ALFABÉTICA).  Foi vice-presidente da Sociedade Internacional de Eletroquímica (2013-2015). É professora titular da Universidade de São Paulo (USP). Suas pesquisas abrangem química, com ênfase em eletroquímica, atuando principalmente nos seguintes temas: eletroquímica, nanomateriais, óxidos, polímeros condutores, espectroeletroquímica, espectroscopia Raman, sensores e biossensores. Recebeu o Prêmio Tajima (1999), da Sociedade Internacional de Eletroquímica (ISE, na sigla em inglês); a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico (2008), do Governo do Brasil; Prêmio Qualidade em Publicação 2018, Programa de Pós-Graduação em Química do  Instituto de Química, Universidade de São Paulo – IQ/USP (2019); Prêmio de melhor trabalho da Divisão de Eletroquímica e Eletroanalítica, Sociedade Brasileira de Química – SBQ (2019); e Prêmio Qualidade em Publicação 2019, Programa de Pós Graduação em Química – IQ/USP (2020).

 

Rosa Muchnik de Lederkremer

Rosa Muchnik de Lederkremer é doutora em ciências químicas, professora emérita da UBA e pesquisadora do CONICET. Ganhadora do Prêmio Konex na área de Química Orgânica e do Prêmio Konex Platino em Química Orgânica.

Roberto Docampo

Desde que obtive meu grau de médico em 1972, estive trabalhando nas áreas de bioquímica e microbiologia. Como pesquisador do Conselho Nacional de Investigações Científicas de Argentina, estudei a ultraestrutura e metabolismo de Trypanosoma cruzi, o agente etiológico da doença de Chagas. Nosso grupo de pesquisa foi o primeiro a utilizar microscopia de varredura no estudo da ultraestrutura de T. cruzi. Nós também fomos os primeiros a descrever a presença de microperoxissomos (posteriormente denominados glicossomos) em T. cruzi e do ciclo dos ácidos tricarboxílicos no complexo mitocôndria-cinetoplasto do parasito. De 1976 a 1978 fui pesquisador da Organização Mundial de Saúde na Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde comecei meus estudos sobre radicais livres no metabolismo de agentes farmacológicos por ressonância eletrônica (ESR) e outras técnicas biofísicas para estudo de radicais livres de curta duração. Nós fomos os primeiros a utilizar a técnica de ESR no estudo de parasitas intactos e descobrimos que T.cruzi não apresenta enzimas que protejam contra a toxicidade de espécies reativas de oxigênio, como anion superóxido e peróxido de hidrogênio.
Esses estudos originaram a importante informação de que as espécies reativas de oxigênio estão envolvidas no mecanismo de ação de vários quimioterápicos contra parasitas. A pesquisa sobre o metabolismo anormal do peróxido de hidrogênio em T. cruzi foi considerada nova e de grande importância para a pesquisa em tripanossomíases (Editorial, The Lancet, vol. II, 1190, 1978) além de uma nova estratégia quimioterápica (Fairlamb, A. Trends in Biochem. Sci., 7:249-253, 1983). Como resultado desse trabalho, recebi meu grau de doutor em Microbiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. De 1978 a 1982, dei continuidade a estudos sobre o modo de ação de diferentes drogas (principalmente nitrofuranos e nitroimidazóis) e células fagocíticas (neutrófilos) em T. cruzi. Além disso, identificamos a distribuição de enzimas fixadoras de CO2 em T. cruzi e outros tripanossomatídeos, caracterizamos enzimas funcionais e não-funcionais na via de síntese de porfirinas em T. cruzi, e fomos os primeiros a demonstrar que o metabolismo de ergosterol é um poderoso alvo na quimioterapia das tripanossomíases. De 1982 a 1986 fui Pesquisador Visitante do National Institute of Environmental Health Sciences, National Institutes of Health, Research Triangle Park, NC, onde estudei sobre a formação de radicais livres em células intactas e frações subcelulares. Nossos estudos levaram ao descobrimento do mecanismo de redução de nitrocompostos por tricomonas, agentes etiológicos da tricomoníase, uma importante doença transmitida sexualmente em humanos e animais. Outros estudos bioquímicos resultaram no descobrimento do papel da membrana mitocondrial externa na ativação xenobiótica e na descoberta de que o mecanismo catalítico da piruvato:ferredoxina oxidorredutase em tricomonas envolve a formação de dois radicais livres que servem de substratos intermediários na síntese de acetil-CoA. Isto representa um novo mecanismo para esta reação enzimática e indica que a enzima difere significativamente do complexo piruvato-desidrogenase de outras células eucarióticas. De 1986 a 1989 fui Professor Visitante no Instituto de Microbiologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde comecei meus estudos sobre o modo de ação de drogas catiônicas e regulação de cálcio em tripanossomatídeos. Este trabalho levou ao descobrimento de um alvo mitocondrial para drogas catiônicas e de uma técnica de permeabilização com digitonina que permite um estudo do metabolismo de tripanossomatídeos in situ. Além disso, o achado de que a fotoirradiação com luz visível e adição de ascorbato de sódio reduzem significativamente a dose efetiva e o tempo de contato do cristal violeta com sangue infectado por T. cruzi, originou um método prático para a prevenção da transmissão da doença de Chagas por transfusão sangüínea, que ainda é utilizado nesse campo. Durante 1989 fui professor visitante na Rockefeller University, onde comecei meus estudos sobre as vias de sinalização celular que envolvem inositol fosfato e diacilglicerol em tripanossomatídeos. Nosso trabalho foi a primeira demonstração da presença dessa via em protozoários parasitas. Desde 1990 fui professor associado (1990-1993) e agora sou professor (1993-presente) de Microbiologia no College of Veterinary Medicine, University of Illinois at Urbana-Champaign. Atualmente, meus esforços estão concentrados na caracterização dos mecanismos de equilíbrio iônico em tripanossomatídeos e Pneumocystis carinii e dos mecanismos envolvidos na invasão de células hospedeiras por parasitos intracelulares. Resultados recentes em nosso laboratório incluem: 1) o descobrimento de uma nova organela presente em tripanossomatídeos que foi por nós denominada acidocalcissomo, devido a seu caráter ácido e por conter elevada concentração de cálcio; 2) tripanossomatídeos possuem uma pirofosfatase translocadora de prótons localizada nos acidocalcissomos; 3) pirofosfato de sódio está concentrado nos acidocalcissomos em concentrações superiores às de ATP em alguns tripanossomatídeos; e 4) a mobilização de Ca2+ é necessária durante a invasão celular por tripomastigotas de T. cruzi e amastigotas de L. mexicana amazonensis. Resultados recentes em P. carinii incluem o achado de que uma H+-ATPase está envolvida na regulação de pH em trofozoitos e na descoberta de que os trofozoitos são sensíveis a inibidores da D24,25esterol metil transferase.

Renato Rodolfo Andreis

O Dr. Andreis recebeu o título de Licenciado em Ciências Geológicas pela Universidade Nacional de La Plata em 1961, e o título de Doutor em Ciências Geológicas pela mesma Universidade, em 1964.
Seu trabalho de pesquisa envolve diversos aspectos da estratigrafia, sedimentologia e petrologia das bacias sedimentares proterozóicas (Brasil, Argentina), neopaleozóicas do centro-sul da América do Sul (Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru e Chile) e do Cretáceo da Patagônia (Argentina). Foi bolsista da “Panamerican Argentina Oil Company” (1960-1961); do Conselho Nacional de Pesquisa da Argentina, Conicet (membro da carreira de pesquisador nos períodos de 1964-1975 e 1981-1991; bolsas externas em 1968 – Grã-Bretanha e França – e 1975 – Alemanha); da UFRJ (bolsa de pesquisa A, 1989) e do CNPq nos períodos 1989-1990, 1992-1993 e 1994-1996. Tem publicado sobre temas sedimentológicos, estratigráficos, composicionais, e paleossolos em periódicos da Argentina, Brasil, Espanha, Holanda, Estados Unidos e França, bem como em Anais de Congressos e Simpósios de Geologia e especializados. Até o presente (04/97) sua produção reúne dois livros ou participação em capítulos de livros e 131 títulos (publicações completas e resumos). Durante o período de 1967 a 1975 foi Professor Adjunto de Sedimentologia na Faculdade de Ciências Naturais (Universidad Nacional de La Plata, Argentina). Entre 1976-1980 atuou como Professor Visitante do curso de Pós-Graduação em Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. No período de 1986 a 1991 foi Professor Titular de Sedimentologia na Faculdade de Ciências Exatas e Naturais da Universidade Nacional de Buenos Aires (Argentina). A partir de 1993 foi admitido através de concurso público na UFRJ para o cargo de Professor Adjunto. Nesta instituição atua nos cursos de Graduação e na Pós-Graduação nas áreas de Petrografia Sedimentar e Sedimentologia (sistemas deposicionais). Desde 1968 tem oferecido 39 cursos de extensão e 38 conferências na área das Geociências no Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Espanha e Estados Unidos. No período 1970-1995 orientou 22 teses de licenciatura, 04 teses de doutorado (02 em andamento), 06 bolsistas e 02 pesquisadores na Argentina. No Brasil realizou a orientação de 13 teses de mestrado (02 em andamento), 04 de doutorado (02 em andamento), 6 bolsistas e 2 pesquisadores do CONICET, na Argentina. No Brasil realizou a orientação de 14 Dissertações de Mestrado (4 em andamento), 4 Teses de Doutorado (uma coorientação) e 2 bolsistas de iniciação científica pelo CNPq. Tem participado em excursões científicas em diversos países da América do Sul e do Norte, bem como da Europa. Participou nos Programas Internacionais de Correlação Geológica (PICG-UNESCO nº 42, 211, 317, e atualmente nos Programas 341 e 381. Participou nas Operações Antárticas Brasileiras VIII (1989), X (1992) e XII (1994), desenvolvendo pesquisas estratigráficas e sedimentológicas. É sócio efetivo de Sociedades Científicas do Brasil, Argentina e Grã-Bretanha. Em 1996 recebeu o prêmio “Dr. Juan José Nágera” (pela sua preocupação na divulgação das ciências geológicas na Argentina e no estrangeiro), outorgado pela Associação Geológica Argentina.

Patricio José Garrahan

É Professor Titular com dedicação exclusiva do Departamento de Química Biológica da Universidade de Buenos Aires, Pesquisador Sênior do CONICET, Diretor do Departamento de Química Biológica da Faculdade de Farmácia e Bioquímica, Membro do Conselho de Qualificações do corpo científico da CONICET até 1999.

O Dr. Garrahan é membro fundador e ex-presidente da Sociedade Argentina de Biofísica, presidente da Associação Ciência Hoy, membro do Conselho Assessor Internacional do Programa de Promoção da Educação Universitária (FOMEC).

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