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Franklin Alan Sher

Alan Sher foi pioneiro nos estudos que definiram o papel das células T e T-cell citocinas produzidas em uma ampla gama de modelos de doenças parasitárias e microbianas e desempenhou um papel preponderante na criação do campo moderno da imunoparasitologia. Os parasitas evoluíram para co-existir com os mecanismos de defesa dos vertebrados e o trabalho Sher estabeleceu o conceito de que a interação hospedeiro-parasita pode revelar os mecanismos fundamentais do funcionamento do sistema imunológico e controle. Identificou mecanismos pelos quais helmintos e protozoários extracelulares fogem do ataque de anticorpo e a via complementar alternativa. Sher (com Phillip Scott e Robert Coffman) foi o primeiro a mostrar que as respostas Th1 versus Th2 para um parasita (Leishmania) determina a resistência ou susceptibilidade em camundongos. Ele posteriormente descobriu múltiplas estratégias empregadas pelos parasitas para regulamentar imunidade mediada por células para garantir a sobrevivência de ambos, parasita e hospedeiro. Sher demonstrou o papel essencial das células dendríticas e citocinas chaves, tais como IL-12, na iniciação e regulamentação da classe funcional das respostas imunes dirigidas ao parasita. No caso do Toxoplasma, ele descobriu um novo ligante de receptor toll-like, profilina, que é responsável por ativar a função das células dendríticas e por essa razão é um antígeno do parasíta imunodominante. Além disso, Sher tem feito um trabalho seminal sobre os mecanismos pelos quais os parasitas regulam as respostas imunes do hospedeiro em seu benefício, principalmente pela indução de IL-10, e recentemente descobriu que as células Th1 podem modular suas funções potencialmente destrutivas do hospedeiro através da produção autócrina desta citocina. Essas, assim como muitas outras descobertas de Sher tiveram grandes implicações fundamentais para as áreas de defesa do hospedeiro e da regulação imune. O Dr. Sher teve uma longa relação com a ciência e a imunologia brasileira, que remonta ao final dos anos 1970. Nove cientistas brasileiros foram formados em seu laboratório, dois dos quais são membros da Academia Brasileira de Ciências. Ele e seus colegas têm participado em numerosos projectos em colaboração com cientistas em Belo Horizonte, Salvador e Recife, e ele tem sido um orador convidado em várias ocasiões para o encontro anual protozoologia em Caxambu, bem como para as reuniões da Sociedade Brasileira de Imunologia.

John Marius Opitz

Nascido em 1935, na Alemanha, imigrou para os Estados Unidos em 1950. Em 1951, começou os estudos com o professor Witschi, de Zoologia, em Iowa City, em embriologia, genética e endocrinologia reprodutiva. Começou a trabalhar e pesquisar em Genética Pediátrica em 1959 no Escola de Medicina de Iowa City. A ênfase inicial era a delineação e a definição de síndromes (Opitz GBBB, Smith Lemli-Opitz, trigonocefalia C de Opitz, síndrome de Opitz-Kavaggia, etc.). Com o forte encorajamento de Oswaldo Frota-Pessoa e Anita Wajntal (então professores visitantes da Universidade de São Paulo, trabalhando em Madison) começou estudos avançados da biologia e genética do desenvolvimento, levando-o ao (re)descobrimento do conceito de campo do desenvolvimento e sua primeira introdução na medicina e genética clínica. Esse conceito tem levado a uma classificação racional das malformações humanas, baseado em critérios filogenético-evolutivos, e considerações de heterogeneidade casual. O conceito de campo do desenvolvimento tem sido poderosamente reforçado em animais experimentais por experts tais como Eric Davidson, Sean Carroll, Scott F. Gilbert e Rudi Raff, entre outros. Essa direção da pesquisa básica e clínica tem sido estendida à visão darwiniana de que tudo que se desenvolve [seja normal ou anormal] tem evoluído. Por mais de 30 anos tenho estado trabalhando com colegas brasileiros tanto em atividades didáticas (q.v. Opitz JM, 1982: Topicos recentes de genética clínica, Revista bras. genét.), como em pesquisa clínica, incluindo Newton Freire-Maia, Ruiz Pilotto (Curitiba), Oswaldo Frota-Pessoa, Claudette Gonzalez (que estagiou conosco em Madison), Iris Ferrari, Anita Wajntal, Mayana Zatz, Paulo Otto (todos da USP, São Paulo), Heirie Mendez (Porto Alegre), e muitos outros, como um dos mais produtivos e gratificantes aspectos de minha vida profissional. A pesquisa atual concentra-se na definição molecular de sete ou mais síndromes FG ligadas a X, agradecendo com particular prazer ao belo trabalho de Fernanda Sarquis Jehee e Angela Vianna-Morgante no Instituto de Biociências, USP sobre FGS5 (q.v. Amer. J. Med. Genet. 139A: 221-226, 2005). O trabalho continua com Paulo Otto, também da USP, sobre uma nova síndrome brasileira dominante autossômica, envolvendo agênese fibular e outras malformações dos membros, ainda não mapeadas. Dr. Opitz vislumbra muito mais anos de colaboração com colegas e amigos brasileiros, especialmente com Angela Vianna-Morgante da revista Genetics and molecular biology (Brasil).

Curtis Gove Callan Jr

Curtis Gove Callan Jr. nasceu em 11 de outubro de 1942 e é um físico teórico americano e James S. McDonnell Distinguished University Professor of Physics na Princeton University. Ele realizou pesquisas em teoria de calibre, teoria das cordas, instantons, buracos negros, interações fortes e muitos outros tópicos. Ele foi premiado com o Prêmio Sakurai em 2000 por sua formulação clássica do grupo de renormalização, suas contribuições para a física instanton e para a teoria dos monopolos e cordas, e a Medalha Dirac em 2004.
Callan recebeu seu B.Sc. em física pelo Haverford College. Ele então fez pós-graduação em física na Universidade de Princeton, onde foi aluno de Sam Treiman. Callan recebeu seu Ph.D. em física em 1964 depois de completar uma tese de doutorado intitulada “Modelos cosmológicos esfericamente simétricos.”

William L. Klein

O Dr. William L. Klein é internacionalmente reconhecido por suas descobertas moleculares acerca das causas e tratamentos da doença de Alzheimer (DA). Graduado pelo MIT, Dr. Klein realizou seu doutorado e pós-doutoramento, respectivamente, com os prêmios Nobel Paul Boyer (UCLA) e Marshall Nirenberg (NIH). Desde 1987, o Dr. Klein é Professor Titular de Neurobiologia e Fisiologia e Neurologia da Northwestern University. Nessa Universidade, ele é também membro do Cognitive Neurology and Alzheimers Disease Center, um dos centros de excelência na pesquisa em Alzheimer nos Estados Unidos, tendo sido, também, por oito anos, Diretor do Programa Interdepartamental em Neurociências, um dos mais conceituados e antigos programas em Neurociências nos Estados Unidos. Atualmente, o Dr. Klein é membro do Comitê Editorial do Journal of Biological Chemistry e do Comitê Científico da Acumen Pharmaceuticals, uma empresa de biotecnologia da qual foi co-fundador e que, atualmente, está desenvolvendo, em parceria com a Merck, uma nova vacina para DA. Ao longo de sua carreira, Klein tem contribuído em vários níveis para o entendimento de processos e mecanismos da fisiologia neuronal, incluindo as descobertas de que neurotransmissores regulam os níveis de expressão de seus próprios receptores na membrana neuronal, de que receptores de neurotransmissores podem atuar morfogenicamente e de que filopódios estão programados para a formação de junções sinápticas. Mais recentemente, o foco de pesquisas do Dr. Klein voltou-se para os estudos de DA. Nesta área, a equipe liderada pelo Dr. Klein foi pioneira na identificação de um mecanismo molecular unificador da patogênese da DA, que explica o dano seletivo de memória em fases iniciais da doença e suas principais características neuropatológicas. Essas descobertas estão resultando em avanços importantes no diagnóstico clínico e no desenvolvimento de novas terapias para a doença. A contribuição seminal do Dr. Klein foi a descoberta da existência de toxinas, constituídas por oligômeros solúveis do peptídeo amilóide-beta no cérebro de pacientes. Essas novas toxinas, denominadas ADDLs, inicialmente bloqueiam mecanismos neuronais, envolvidos na formação de memórias e também levam à morte dos neurônios. Essa descoberta original, publicada em 1998 (Lambert et al., 1998) já recebeu mais de 700 citações em artigos subseqüentes, o que revela o significativo impacto que teve na área. Usando anticorpos conformacionais específicos, desenvolvidos por seu próprio grupo, em estudos subseqüentes, o Dr. Klein mostrou que os ADDLs se acumulam em níveis elevados em cérebros de pacientes com DA (Gong et al., 2003) e constituem possíveis ferramentas específicas e ultra-sensíveis para o diagnóstico molecular da doença (Georganopoulou et al., 2005). Os ADDLs se ligam às sinapses neuronais (Lacor et al., 2004), provocando alterações funcionais que são responsáveis pela perda de memória (De Felice et al. 2007). Como conseqüência dessas importantes descobertas, os ADDLs são atualmente considerados, pelo National Institutes of Health (Estados Unidos), como agentes primários do dano neuronal e responsáveis pela perda de memória na DA. O Dr. Klein vem colaborando há quase três décadas com grupos brasileiros de destaque em neuroquímica e neurobiologia celular. Em 1982, ele foi um Fellow do Instituto Brasil-EUA no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ para um estágio de um mês no Laboratório de Neuroquímica desse Instituto, onde implantou algumas técnicas bioquímicas para estudo de receptores. Desde então, participou de diferentes simpósios no Rio de Janeiro e em Caxambu. Até 2007, ele foi co-autor de 16 artigos científicos com pesquisadores brasileiros, o primeiro dos quais com Fernando G. de Mello (que foi um Guggenheim Fellow no Laboratório do Dr. Klein, em 1984-86). Desde 2005, o Dr. Klein tem recebido em seu laboratório Sergio T. Ferreira, Fernanda G. de Fenice (Fellow da Human Frontier Science Organization), e um aluno de Doutorado sandwich da UFRJ, com os quais foi co-autor de oito publicações.

Charles Michael Newman

Charles M. Newman, Professor of Mathematics at the Courant Institute of Mathematical Sciences, was director from 2002 to 2006.Born in Chicago, he received two B.S. (1966) degrees(Mathematics and Physics) from MIT, and M.A. (1966) and Ph.D. (1971)degrees in Physics from Princeton.His specialties are probability theory and statistical physics,with over 180 published papers in those and related areas. Beginning hisacademic career at New York University in 1971, he went on tothe mathematics departments of Indiana University and the University ofArizona, and returned to NYU in 1989. Newman has been a Sloan Fellow (1978-81)and a Guggenheim Fellow (1984-85), was elected to membership in theU.S. National Academy of Sciences in 2004, to the American Academy ofArts and Sciences in 2006 and as a foreign member of the BrazilianAcademy of Sciences in 2007. In September, 2007 Courant-NYU was awardeda five year US National Science Foundation grant with Newmanas the principal investigator in thePIRE (Partnerships in International Research and Education)program involving collaborations between students, postdoctoral fellowsand faculty from Courant, Latin America and Europe.

Warren Douglas Johnson Jr.

Professor de Ciências da Saúde da População Clínica, Ciências da Saúde da População, Weill Cornell Medical College; B.H. Kean Professor de Medicina Tropical, Medicina, Weill Cornell Medical College 1990; Professor de Medicina, Medicina, Weill Cornell Medical College; Professor de Política e Pesquisa em Saúde Clínica, Política e Pesquisa em Saúde, Weill Cornell Medical College; Professor de Saúde Pública Clínica, Saúde Pública, Weill Cornell Medical College.

Ernest Wenkert

Ernest Wenkert, foi um químico americano nascido na Áustria. Wenkert cursou a graduação e o mestrado em licenciatura em química pela Universidade de Washington. Em 1951, ele foi premiado com um doutorado licenciatura em química orgânica pela Universidade de Harvard, onde estudou com Robert Burns Woodward. A partir de 1951, ele atuou como membro do corpo docente da Iowa State University e, em 1961, foi nomeado Professor Herman T. Briscoe de Química na Universidade de Indiana. Em 1974, ele assumiu o cargo de E.D. Butcher Professor de Química na Rice University, também atuando como presidente do departamento de química. Em 1980, mudou-se para a Universidade da Califórnia, em San Diego, onde permaneceu até sua aposentadoria em 1994.

Roy Edward Bruns

Roy E. Bruns formou no curso de química da Universidade de Illinois do Sul, fez doutorado em química na Universidade Estadual de Oklahoma e pós-doutorado na Universidade de Flórida. Trabalha nas áreas de espectroscopia molecular, química quântica e quimiometria. Na década de 70, começou a introduzir métodos quimiométricos no Brasil. Tem cerca de 150 trabalhos publicados em revistas com sistema de arbitragem, cerca de 150 trabalhos apresentados em congressos nacionais e internacionais, orientou 19 teses de doutorado e 16 de mestrado, cerca de 50 seminários proferidos sob convite e ofereceu ceerca de 40 cursos de extensão em universidades e indústrias. Recebeu os prêmios Rheinboldt-Hauptman de Química do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), Premio Simão Mathias da Sociedade Brasileira de Química e Ordem Nacional do Mérito Científico, nível Grã-Cruz, da Presidência da Republica e a bolsa de Excelência Acadêmica “Zeferino Vaz” do Instituto de Química da Unicamp. É co-autor dos livros Planejamento e otimização de experimentos e Como fazer experimentos.

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