Renato Hélios Migliorini
(MIGLIORINI, R. H.)
MIGLIORINI, RENATO HÉLIOS. Fisiologista, pesquisador, educador. Nascido em Jaú, SP, Brasil, em 26.06.26; filho de Pedro Migliorini e Amelide Lunardi. Casado com Emilia Blat. Filhos: Renato, Maria Cecilia, Vera Lucia e Valéria. Graduado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, 1949; Doutorado, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, USP, 1959; Livre-Docência, Fisiologia, FMRP-USP, 1962; Professor Associado, Fisiologia, FMRP-USP, 1967; Professor Titular, Fisiologia, FMRP-USP, 1973. Bolsista, Instituto de Biologia e Medicina Experimental Bernardo A. Houssay, Buenos Aires, Argentina, 1956; bolsista, Department of Physiology, University of California, Berkeley, Ca, 1960-1961. Research Scientist, department of Physiology, UC, Berkeley, Ca, em 1962; Research Scientist, department of Biochemistry, University College, London em 1970 e novamente em 1978. Desde seu ingresso na Universidade em 1953 dedica-se em tempo integral ao ensino e pesquisa, tendo orientado um grande número de alunos de pós-graduação (Mestrado e Doutorado), nas áreas de Bioquímica e Fisiologia. Seu principal interesse científico tem sido o estudo dos mecanismos de controle hormonal, neural e nutricional de processos metabólicos envolvidos na homeostase calórica. Publicou sobre esse assunto numerosos trabalhos em revistas especializadas. Entre suas contribuições nessa área, para as quais foi fundamental a participação de seus orientados, destacam-se: a demonstração da existência de glicoreceptores no hipotálamo, sensíveis à insulina e ativados em situações de demanda brusca de energia e durante o jejum prolongado, que estimulam a lipólise do tecido adiposo por meio de uma ativação direta das fibras simpáticas desse tecido; a verificação de que aves e mamíferos carnívoros e mamíferos onívoros adaptados a dietas hiperprotéicas apresentam aspectos característicos do metabolismo de carboidratos e de lipídeos, especialmente dos mecanismos de adaptação ao jejum, que diferem daqueles observados em animais sob dieta balanceada; a demonstração de que a neoglicogênese hepática pode ser ativada por estimulação química do hipotálamo e a verificação de que a hiperglicemia produzida por estimulação de sinapses colinérgicas hipotalâmicas resulta de uma ativação da gliconeogênese e da glicogenólise hepáticas mediada pela secreção de adrenalina pela medula adrenal, e representa um dos mecanismos de controle da glicemia pelo sistema nervoso central. Foi agraciado em 1996 com o prêmio SBEM da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabolismo.