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Ciências Agrárias | MEMBRO TITULAR

Paulo Arruda

(ARRUDA, P.)

05/04/1952
Brasileira
14/06/2000

Formado em Biologia em 1976, na Universidade Católica de Campinas, foi contratado pelo Departamento de Genética e Evolução, IB, UNICAMP como Professor MS-1, onde iniciou pesquisa em Genética Fisologica/Bioquímica. Fez mestrado e doutorado em Ge-nética na UNICAMP, (1977 a 1982) e pós-doutorado no Biochemistry Department, Rothamsted Experimental Station, Inglaterra (1982/1983). De volta ao Brasil em março de 1983 iniciou um grupo de pesquisas em biologia molecular de plantas, tema até então inci-piente na pesquisa vegetal no Brasil. O grupo se consolidou e hoje atua em várias linhas de pesquisa incluindo a regulação da biossíntese de amino ácidos e proteínas de reserva em sementes, termoregulação em plantas, regulação por fitohormonios e sequenciamento genômico. Seus trabalhos sobre o metabolismo de amino ácidos tiveram grande repercussão internacional e serviram como base para o desenvolvimento de plantas ricas em lisina, área de grande interesse na biotecnologia para o desenvolvimento de alimentos funcionais. Os trabalhos sobre a regulação da expressão dos genes que codificam proteínas de reserva, permitiu o desenvolvimento de um sistema de expressão de proteínas de heterólogas em sementes de plantas transgênicas. Trata-se de trabalho pioneiro de “molecular farming” realizado fora dos Estados Unidos, Europa e Japão. A partir de 1987, coordenou a implantação do Centro de Biologia Molecular e Engenharia Genética (CBMEG) da UNICAMP, criando grupos de pesquisa em biologia molecular principalmente na área de pesquisa vegetal. O CBMEG, é hoje um centro de referência para a pesquisa em biologia molecular de plantas. O laboratório de biologia molecular de plantas, sob sua liderança possui hoje cerca de 30 pesquisadores e estudantes trabalhando em pesquisa básica e aplicada voltadas a biotecnologia vegetal. Participou da organização do Programa Genoma Fapesp, contribuindo com a implantação da rede ONSA para o seqüenciamento do genoma da bactéria Xyllela fastidiosa. Nesse projeto coordenou um dos laboratórios centrais responsáveis pelo treinamento dos laboratórios de sequenciamento. Posteriormente passou a coordenar o Projeto Genoma da Cana de Açucar (SUCEST). Formado por uma rede de 28 laboratórios, localizados em Universidades e Institutos de Pesquisa de São Paulo o projeto SUCEST pretende identificar cerca de 50.000 genes da cana e estudar o papel funcional dos mesmos.
Alem das atividades de pesquisa e ensino a nível de graduação e pós-graduação coordena também um grupo de Educação em Ciências. Com apoio da Fundação VITAE o grupo atua na atualização de estudantes e professores secundaristas da rede pública da região de Campinas.