Maria Manuela Ligeti Carneiro da Cunha

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Ciências Sociais | Titular

Maria Manuela Ligeti Carneiro da Cunha

(CUNHA, M.M.L.C. DA)
Nascimento: 16/07/1943
Data de Posse: 03/06/2002

Graduou-se em matemática pela Faculdade de Ciências de Paris (1967) e doutorou-se em ciências sociais (1976) pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Fez  estágio de pós-doutoramento em ciências humanas na Universidade de Cambridge (1982), em antropologia das populações brasileiras pelo Collége de France (1991), em ciências humanas pela Universidade de Chicago, EUA (1991) e em etnologia indígena pelo Centro de Estudos Avançados em Ciências do Comportamento da Universidade de Stanford (EUA) (2002). Sua atuação distribui-se pela etnologia, história e direitos dos índios, escravidão negra, etnicidade, conhecimentos tradicionais e teoria antropológica. Foi professora doutora da Unicamp e professora titular da Universidade de São Paulo (USP), onde, após a aposentadoria, continuou ativa.  Recebeu várias distinções, entre as quais o Prêmio Almirante Álvaro Alberto para a Ciência e Tecnologia (2021), a Ordem do Mérito Científico na Classe Grã Cruz, a Légion d´Honneur da França, a Medalha Roquette-Pinto da Associação Brasileira de Antropologia e a Medalha da Francofonia da Academia Francesa. Recebeu encomenda do Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação (2014-2017) para estabelecer bases de um programa sobre conhecimento indígena e, recentemente, para construir diagnóstico sobre as contribuições dos povos indígenas e comunidades locais no Brasil para a geração, manutenção ou conservação da biodiversidade, a recuperação de solos e outros serviços ecossistêmicos. Em 2018 recebeu o Prêmio de Excelência Gilberto Velho para Antropologia conferido pela Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs).


Veja participação da Profa. Carneiro da Cunha na série Webinários da ABC

[:en]Presidente-fundadora da Comissão Pró-Índio de São Paulo, em 1978. Foi pesquisadora visitante no departamento de Antropologia da Universidade de Cambridge, de 1981 a 1982.
Chefe de departamento de Antropologia na Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP no período de 1982 a 1984. Em 1982 foi diretora de estudos visitante na École des Hautes Études en Sciences Sociales . Foi professora visitante no Museu Nacional do Rio de Janeiro – MN/RJ em 1985. Presidente da Associação Brasileira de Antropologia – ABA, de 1986 a 1988. De 1988 a 1992 dirigiu um projeto coletivo sobre História Indígena e do Indigenismo no Brasil, com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – FAPESP. Em 1988, criou o Núcleo de História Indígena e do Indigenismo na USP, que dirigiu até 1994. Foi representante da comunidade científica no Conselho Deliberativo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, de 1988 a 1990. Foi Tinker Visiting Professor na Universidade de Chicago 1990. Chefe de departamento de antropologia na Universidade de São Paulo – USP, no período de 1991 a 1993. Diretora de estudos visitante no Laboratoire dAnthropologie Sociale do Collège de France em 1991. De 1993 a 2000 co-dirigiu o projeto coletivo intitulado “É possível populações tradicionais gerenciarem áreas de conservação? Um projeto piloto na Reserva Extrativista do Alto Juruá”, com colaboração de cerca de 35 cientistas das áreas biológicas e sociais além de cerca de 30 pesquisadores seringueiros e indígenas, financiado pela Fundação MacArthur e pelo Centro Nacional de Populações Tradicionais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais – CNPT/IBAMA. É membro do Conselho Diretor do Programa de Direitos Humanos na Universidade de Chicago desde 1997. Professora visitante na Universidade Pablo de Olavide, Sevilha em 2000. Fellow do Center for Advanced Study in the Behavioral Sciences, Stanford, no período de 2001/2002. Orientou 8 doutorados e 15 mestrados. Está orientando outros 10 doutorados.