Doutor em Medicina (Ciências Médicas) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com o pós-doutorado na Universitäts Klinikum Heidelberg na Alemanha, o Prof. Saute atualmente é professor adjunto da UFRGS.
Dedica-se ao estudo de doenças genéticas neuromusculares, como distrofias musculares, atrofia muscular espinhal e paraparesias espásticas hereditárias (PEH), todas essas condições neurodegenerativas que levam a perda ou a redução da capacidade de locomoção. Suas linhas de pesquisa têm contribuído para caracterizar clinicamente e geneticamente essas condições no Rio Grande do Sul e em outras regiões do Brasil, por meio de colaborações em estudos multicêntricos. Esses esforços resultaram no diagnóstico de dezenas de pacientes que buscavam respostas há anos, além de terem promovido a implementação de exames genéticos avançados no Sistema Único de Saúde (SUS). Após esses avanços no diagnóstico, o foco passou para o desenvolvimento de métodos eficazes para avaliar a progressão dessas doenças ao longo do tempo — os chamados desfechos clínicos e biomarcadores. Esses estudos são fundamentais para viabilizar ensaios clínicos com novas terapias. As abordagens incluem desde o uso de escalas clínicas padronizadas para avaliação neurológica, dosagem de moléculas no sangue ou diferentes fluidos biológicos até tecnologias inovadoras, como sensores corporais e sistemas de captura de movimento com câmeras de infravermelho, para análises precisas da marchas. Mais recentemente, está atuando no desenvolvimento nacional de terapias avançadas.