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Ciências Biomédicas | MEMBRO TITULAR

George Alexandre dos Reis

(DOSREIS, G. A.)

05/11/1953
Brasileira
28/04/1999

Quando estudante de Medicina, iniciou na carreira científica como estagiário de iniciação científica do Dr. Gilberto Oliveira-Castro, no Instituto de Biofísica da UFRJ, descrevendo as bases iônicas da hiperpolarização lenta de macrófagos murinos. Na pós-graduação, o convívio com o orientador, Prof. Dr. Marcello Barcinski criou o interesse pelas células do sistema imunológico. No mestrado, mostrou as funções do macrófago nas lesões cardíacas pós-estreptocócicas mediadas por linfócitos T (The Lancet 1980; J. Immunol. 1982), o que valeu o Prêmio Lafi de Ciências de 1981 (São Paulo). Já como médico, trabalhou como bolsista da Fogarty Foundation nos NIH, EUA, entre 1980-82 no laboratório dos Drs. William Paul e Ethan Shevach, publicando trabalhos originais sobre: i) a determinação de genes Ir por moléculas de histocompatibilidade estranhas e a primeira demonstração de que a tolerância imunológica ao próprio é determinada por genes de histocompatibilidade (J. Exp. Med. 1983); ii) uma das primeiras análises do mecanismo de supressão exercido pela ciclosporina (J. Immunol. 1982; J. Clin. Invest. 1983); iii) e a ligação entre memória antigênica e autorreatividade para moléculas de histocompatibilidade em linfócitos T, emulando a seleção positiva tímica (J. Immunol. 1981, Eur. J. Immunol. 1985, Immunol. Today 1994,1998). Doutor e docente do Instituto de Biofísica em 1983, formou o seu grupo de pesquisa, publicando trabalhos sobre autorreatividade e regulação imunofarmacológica de linfócitos T. Foi Secretário-Geral da Sociedade Brasileira de Imunologia e Coordenador de Pós-Graduação do Instituto de Biofísica da UFRJ. Em 1987, transferiu-se para o Instituto de Microbiologia da UFRJ. Coordenou a área Biomédica da assessoria à FAPERJ entre 1988-89. Em 1991, após novo período no exterior e graças a apoio da OMS, reestruturou seu laboratório para a pesquisa da imunologia de doenças parasitárias. Em 1992, tornou-se professor titular e livre-docente de Imunologia da UFRJ e editor seccional de Imunologia do Braz. J. Med. Biol. Res. Em 1995, foi indicado e eleito Membro Associado da Academia Brasileira de Ciências. Em 1997, retornou ao Instituto de Biofísica, onde chefia atualmente o Laboratório de Biologia Imunitária, orientando pós-doutores, alunos de doutorado, mestrado e iniciação científica. É coordenador científico do Instituto de Biofísica, fomentando linhas de pesquisa estratégicas para a instituição. Seus projetos de pesquisa, apoiados pelo PADCT e PRONEX, estão articulados com vários colaboradores nacionais e estrangeiros. Recentemente, vem contribuindo em diferentes áreas da imunologia de doenças infecciosas, tais como: i) a descrição da apoptose de linfócitos T na doença de Chagas (J. Immunol. 1995, 1998, Eur. J. Immunol. 1998), a primeira em uma doença parasitária; ii) o papel determinante da molécula CTLA-4 na imunossupressão no kalazar (J. Infect. Dis. 1998), e iii) o mapeamento fino e análise de moléculas parasitárias determinantes de virulência (J. Immunol. 1996, 1998). Orientou 6 teses de mestrado e 5 teses de doutorado. É pesquisador 1-A do CNPq, desde 1995. Desde 1985 contribui para a correta divulgação jornalística da ciência e presta assessoria científica a agências de fomento nacionais e internacionais; é revisor científico de revistas nacionais e estrangeiras, como Infect. Immun., Parasitol. Today, J. Immunol. e Blood. Entre 1989-94, esteve no Comitê Assessor de Doença de Chagas da OMS, Genebra, ajudando a fomentar a pesquisa na América Latina. Suas publicações contam índice de impacto médio por trabalho de 5.36, e um total de 560 citações na literatura, entre 1978 e junho de 1998 (Science Citation Index, ISI, EUA). O acadêmico é um imunologista celular, preocupado com o ensino de pós-graduação e com o futuro da pesquisa multidisciplinar em imunologia no Brasil. Considera que contribuiu para a imunologia brasileira, orientando a formação dos Drs. Alberto Nóbrega, Lígia Peçanha, Adriana Bonomo, Maria Bellio, Marcela Freitas Lopes e Marise Nunes. Completou 45 anos em 1998 e tem uma filha de 17 anos, Moema Costa dos Reis.