pt_BR
Ciências Biológicas | MEMBRO TITULAR

Nanuza Luiza de Menezes

(MENEZES, N. L. DE)

27/09/1934
Brasileira
01/06/2004

Nanuza Luiza de Menezes, botânica, dedica-se predominantemente a estudos de anatomia, morfologia e evolução de Velloziaceae, especialmente as plantas que crescem nos campos rupestres brasileiros. Seu mestrado, doutorado e tese de livre-docência versaram sobre este tema. Os seus trabalhos com Velloziaceae contribuíram para justificar a criação do Parque Nacional da Serra do Cipó, em 1984, e impulsionaram os estudos com a flora dos campos rupestres realizados na Universidade de São Paulo. O seu conhecimento e entusiasmo pela anatomia de plantas brasileiras atraiu alunos de vários pontos do país, os quais vieram à Universidade de São Paulo cursar mestrado e doutorado sob sua orientação. Resultados de seus estudos levaram à reestruturação da taxonomia de Velloziaceae com o estabelecimento de duas subfamílias e três novos gêneros, inclusive o gênero Burlemarxia. Recebeu do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e do Museu Paraense Emílio Goeldi diplomas de Honra ao Mérito, do Jardim Botânico do Rio de Janeiro a Medalha do Mérito Científico, e o diploma de Honra ao Mérito da Sociedade Botânica do Brasil. Foi homenageada por vários autores, com nome em espécies de plantas e animais, inclusive um gênero, Nanuza. Presidiu a Sociedade Botânica do Brasil, o Conselho da Fundação Sítio Roberto Burlemarx. É membro dos conselhos científicos da Biodiversitas, do Museu de Biologia Mello Leitão, da Red Latinoamericana de Botánica, do comitê Internacional do World Wildlife Fund (WWF)/União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), tendo participado de reuniões em Londres, Île de Réunion e Berlin. É membro vitalício do Conselho Científico da Fundação SOS Mata Atlântica. Foi membro do Comitê Assessor de Botânica do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), de 1984 a 1987. Foi editora do Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo, e da Revista Brasileira de Botânica, da qual foi um dos criadores. Exerceu liderança em causas ambientalistas, com destaque na campanha “Defenda o Verde em Caucaia” que impediu a construção do Aeroporto de Caucaia do Alto, contra a poluição de Cubatão e preservação da serra de Paranapiacaba, e na defesa de espécies ameaçadas de extinção. Desde 1985, é pesquisador bolsista do CNPq. Atualmente está escrevendo um livro sobre anatomia de Velloziaceae para a série Anatomy of Monocotyledons, iniciada por Metcalfe & Chalk e dedica-se ao esclarecimento morfológico de estruturas importantes, como rizomas e rizóforos.