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Ciências Matemáticas | MEMBRO TITULAR

Karl Otto Stöhr

(STÖHR, K.-O.)

09/05/1942
Alemã
04/05/2010

Karl-Otto Stöhr nasceu em Koblenz, uma cidade fundada pelos antigos romanos na confluência dos lendários rios Reno e Mosela. Com uma bolsa da prestigiosa Studienstiftung des Deutschen Volkes, ele estudou matemática e física na Universidade de Bonn, onde obteve o Bacharelado em 1964, o Mestrado em 1966, e o Doutorado em 1967. Seu primeiro e segundo orientador eram os professores Wolfgang Krull e Jacques Tits. Outros professores que o influeciaram foram Wolfgang Paul, Friedrich Hirzebruch e Jürgen Neukirch. De seus professores ele aprendeu que profundidade e simplicidade não se excluem mutuamente, que somente se entende a ciência contemporânea como conhecimento da história da ciência ao longo dos séculos, que estimular pode ser mais importante do que transmitir fatos, e que um aluno de doutorado deve descobrir e resolver novas questões, e não apenas trabalhar os problemas apresentados a ele. Sua tese de doutorado versava sobre a homotopia dos grupos pró-algébricos e a teoria dos corpos de classes. Nas comemoraçoes do sesquicentenário da Universität Bonn, ele foi um dos três estudantes da universidade que foram premiados. Antes de se radicar no Brasil, foi bolsista de pesquisa e professor assistente na Universität Bonn, Alemanha, e na McGill University em Montreal, no Canadá. Em 1972, ingressou no quadro de pesquisadores do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). Suas atividades científicas têm se desenvolvido nas áreas da geometria algébrica e aritmética, com enfoque nas interligações entre a geometria das curvas projetivas, a aritmética dos corpos de funções algébricas e a teoria analítica das superfícies de Riemann. Tem publicado muitos trabalhos em periódicos científicos internacionais de prestígio. Foi o primeiro coordenador do projeto PRONEX em álgebra. Foi eleito Membro da European Academy of Science, em 2002. Já orientou 17 teses de doutorado, e vários de seus ex-alunos se destacam como pesquisadores de nível internacional. Ele gosta de caminhar nas trilhas dos montes nos arredores de Rio de Janeiro, enquanto tenta resolver questões de Matemática. Têm pessoas que dizem que um dos testes, que seus estudantes precisam passar, é o de subir na Pedra da Gávea na Floresta da Tijuca.