Nos dias 8, 9 e 10 de maio de 2017, aconteceu a 11ª edição da Reunião Magna, o evento anual mais importante da Academia Brasileira de Ciências. O tema escolhido para 2017 foi “Um Projeto de Ciência para o Brasil”.
Pelo segundo ano seguido, a Reunião Magna foi realizada no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, consolidando a parceria entre as duas instituições voltadas para a ciência, o desenvolvimento sustentável e o futuro.
No dia 9 de maio, como parte da Reunião Magna, também aconteceu a cerimônia de posse dos novos membros titulares e correspondentes da ABC. A cerimônia, só para convidados, ocorreu mais uma vez na Escola Naval, no Rio de Janeiro.
Programa
Perfil dos Mediadores e Palestrantes
Reunião Magna 2017
A 11a edição do evento anual mais importante da ABC, a Reunião Magna, aconteceu nos dias 8, 9, 10 de maio,
no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. O encontro teve como tema “Um Projeto de Ciência para o Brasil (PCBR)” e reuniu destacados cientistas do Brasil e de outros países. O presidente da ABC, Luiz Davidovich, abriu o encontro falando sobre a importância de se fazer ciência, divulgar a ciência feita no Brasil e apresentou o PCBR. Composto por 15 grupos de estudo multidisciplinares, o projeto reúne mais de 100 pesquisadores brasileiros de excelência, entre membros da ABC e convidados. Segundo Davidovich, o PCBR será uma
ferramenta para convencer os governantes e a sociedade de como a ciência pode ajudar o desenvolvimento do país. O grande estudo está gerando um documento que será lançado na Reunião Magna da ABC 2018 e encaminhado aos presidenciáveis brasileiros naquele ano.
A reunião contou com palestras diversas, como a do professor de engenharia computacional da Rice University, em Houston, no Texas, Moshe Vardi. Diretor do Ken Kennedy Institute for Information Technology, Vardi é um dos cientistas mais renomados do mundo que têm se dedicado ao estudo da tecnologia robótica e da inteligência artificial. Ele afirmou que não vê as máquinas como inimigas da humanidade, mas apontou que
quanto mais o avanço de tecnologias de inovação impulsiona a economia, menor é o número de pessoas em atividade. Os cargos mais impactados serão as chamadas “funções de rotina”, que podem ser substituídas por uma tecnologia programada; os empregos que exigem alta especialização deverão ser menos afetados.
O futuro da humanidade, pela ótica da saúde pública, guiou outros debates. Líder do laboratório de Imunologia Molecular da Universidade de Rockefeller (EUA) e ganhador do Prêmio Robert Koch de 2016, o médico brasileiro radicado nos Estados Unidos Michel Nussenzweig, que é membro correspondente da ABC, falou sobre a nova vacina contra Aids, que está em fase de teste na África. Já o microbiologista egípcio Raymond
Schinazi, diretor do Laboratório de Farmacologia Bioquímica na Universidade Emory, nos EUA, apresentou as pesquisas de seu grupo, que descobriu e desenvolveu oito medicamentos retrovirais, alguns indicados para combater HIV e hepatites B e C.
Fonte: Relatório de Atividades 2017 pg 36