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Nacionalidade: Brasileira
Jerson Lima da Silva
Formado médico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1984, tornou-se doutor em biofísica pela mesma instituição no ano de 1987. Durante o período de graduação e pós, por cerca de cinco anos foi orientado pelo Acadêmico Sérgio Verjovski-Almeida, responsável por iniciá-lo na carreira científica. Os principais interesses de sua pesquisa estão no campo da biologia estrutural, como o enovelamento proteico, a montagem viral e o entendimento dos mecanismos envolvidos no dobramento errado de proteínas, importante em muitas doenças como câncer e doença de Parkinson. No estudo da estabilidade de partículas virais e outros agregados proteicos usando altas pressões hidrostáticas, descobriu novos métodos na obtenção de vacinas antivirais, gerando patentes e publicações. Recebeu, da Presidência da República, a Ordem Nacional do Mérito Científico duas vezes: em 2002, na classe de Comendador, e em 2009, na classe de Grã-Cruz. Além de ser membro da ABC, também é membro da Academia Mundial de Ciências (TWAS, na sigla em inglês) e da Academia Nacional de Medicina (ANM). Com significativa atuação nacional e internacional, o Acadêmico costuma dizer que, como pesquisador e professor, é pago para fazer o que gosta.
Martha Vannucci
Marta Vannucci, nasceu em Florença, na Itália. Doutorou-se em Zoologia na USP, em 1944 com a tese intitulada “Hydroida Thecaphora do Brasil”.
Em janeiro de 1970 foi contratada pela UNESCO onde ocupou os cargos de: Perito em Ciências do Mar, no mais alto nível e posteriormente diretor do escritório regional da UNESCO em Nova Delhi – Índia e finalmente “Chief technical Adviser” dos programas das Nações Unidas para Ásia e Pacífico sobre manguesais.
Gerenciou numerosos projetos para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), para a UNESCO e para a International Society for Mangrove Ecosystems (ISME), da qual é Vice-Presidente.
Aposentada em 1990 passou a Vice-Presidente da ISME, sediada em Okinawa – Japão, atividade esta que desenvolve até o presente.
Trabalhou em pesquisas zoológicas, de Biologia Marinha e de Oceanografia Biológica no Brasil, EUA, México e países da América Central, Itália, países do sul e sudeste asiático, Austrália, Ilhas do Pacífico e Japão.
Durante 2 anos esteve radicada no México.
Durante 25 anos esteve radicada na Índia, sendo os últimos 8 anos repartidos entre Índia, Brasil e Japão.
Tem cerca de 100 trabalhos publicados em jornais científicos internacionais.
Orientou vários doutorandos no Brasil, Índia, Paquistão, Bangladesh, Sri-Lanka e outros.
Pronunciou palestras, conferências e publicou numerosos artigos de Divulgação Científica.
A maior parte do trabalho dos últimos 13 anos tem sido realizado no campo, para o gerenciamento racional dos manguesais de diferentes regiões do mundo.
Tem se concentrado em estudo dos antigos textos védicos e estudo dos vales mais remotos das cadeias dos Himalaias onde a tradição preserva usos e costumes milenares.
Desses interesses resultaram dois livros: “The Mangroves and Us”, publicado pela Indian Association for the Advancement of Science, New Delhi. E “Ecological Readings in the Veda”, publicado por Print World, New Delhi.
Publicou numerosos artigos e pronunciou conferências e palestras, seja de Ciências do Mar como de Indologia.
Ivan Chestakov
Nasceu a 13 de agosto de 1947 na Rússia, na aldeia siberiana Zaval, oblast de Irkutsk. Em 1964 foi escolhido pelo sistema de Olimpíadas para a Escola de Física-Matemática em Novosibirsk. Em 1965 terminou a Escola com medalha de ouro e ingressou na Universidade Estatal de Novosibirsk. Lá obteve os primeiros resultados em álgebra sob orientação dos mestres K. A. Zhevlakov e A. I. Shirshov. A dissertação do mestrado Sobre umas classes de anéis de Jordan não-comutativos recebeu as Medalhas do Ministério de Educação Superior e da Acadêmia de Ciências da URSS. Em 1970 entrou como pesquisador estagiário no Sobolev Institute of Matematics em Novosibirsk. Em 1973 recebeu o Ph.D. sob a orientação de Zhevlakov e Shirshov, e, em 1978, recebeu o título de Doutor de Ciências pela dissertação Álgebras alternativas livres. No período 1981-98, exerceu o cargo do chefe do laboratório de anéis não-associativos e nos anos 1986-98 foi o chefe do departamento da teoria de anéis do Instituto. Nos anos 1981-84 exerceu também o cargo do Secretário Científico do Instituto. Em 1978 foi publicado o livro Rings that are nearly associative, escrito em conjunto com K. Zhevlakov, A. Slinko e A. Shirshov. O livro, e a sua tradução inglesa pela Academic Press em 1982, estimulou bastante o desenvolvimento da teoria de álgebras não-associativas, tanto na Rússia, quanto em outros países. Durante os anos 1974-1994, trabalhou também como professor (associado, adjunto, titular) na Universidade Estatal de Novosibirsk. Em 1999, entrou como Professor Titular no Instituto de Matemática e Estatística (IME) da USP. Assumiu posições de Professor e Pesquisador Visitante nas Universidades de Virgínia, San Diego, Wisconsin, Wayne e no MSRI (Berkeley) nos Estados Unidos, Ottawa no Canadá, Hagen na Alemanha, Oviedo, Zaragoza e La Rioja na Espanha, Auckland na Nova Zelândia, UNAM no México, KIAS na Coréia, Banach Center na Polônia, onde deu vários cursos sobre teoria de álgebras e superálgebras e suas representações. Implantou, em 1989, as Conferencias Álgebra não-associativa e suas aplicações, que começaram na URSS e logo ficaram internacionais. A quarta Conferência desta série foi realizada em 1998, em São Paulo. Junto com os outros membros do grupo de pesquisa do IME-USP Estruturas Não-Associativas, suas Representações, Identidades e Relações, organizou vários eventos internacionais na área de álgebra no Brasil, em particular, as conferências Álgebras de Lie e de Jordan e suas representações, cuja quarta edição foi realizada em 2009, em Manaus. Orientou 23 alunos de mestrado e 14 de doutorado, supervisionou 8 pós-doutorandos. Pertence ao corpo editorial de 7 revistas internacionais. Em 2007, recebeu o Prêmio E. H. Moore de Artigo de Pesquisa da Sociedade Matemática Americana pela solução do Problema de Nagata sobre automorfismos de polinômios, obtida em dois artigos, escritos com o seu ex-aluno Ualbai Umirbaev e publicados no Journal of AMS.
Mariangela Hungria da Cunha
Nasceu em São Paulo e viveu até os 10 anos em Itapetininga (SP), onde completou o curso primário no Instituto Imaculada Conceição. Filha (Leda) e neta (Accacio, Edina) de educadores, aos 8 anos decidiu ser microbiologista, quando a avó, sempre a maior estimuladora de sua carreira, a presenteou com o livro “Caçadores de Micróbios” (P. Kruif). Uma etapa decisiva de sua formação acadêmica foi nos cursos de ginásio e científico biológicas no Colégio Rio Branco (São Paulo, SP), onde estudou com bolsa de estudos e recebeu vários prêmios. Cursou Engenharia Agronômica na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ), Piracicaba (1976-1979). No segundo ano de faculdade foi mãe de Ana Carolina e, logo depois, de Marcela; as filhas sempre representaram o maior estímulo para prosseguir de modo direcionado com a pesquisa. No último ano da graduação descobriu e se encontrou nas pesquisas sobre fixação biológica do nitrogênio, introduzida pela Dra. A.P. Ruschel, com quem cursou o mestrado em Solos e Nutrição de Plantas (ESALQ, 1979-1981), no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA). Cursou o doutorado em Ciência do Solo pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ, 1982-1985), com tese desenvolvida na Embrapa Agrobiologia, orientada pela Dra. M.C.P. Neves. Logo no primeiro ano recebeu o convite da Dra. J. Döbereiner para se efetivar como pesquisadora na Embrapa; reconhece e é profundamente grata pela oportunidade de iniciar a carreira ao lado da mente privilegiada da Dra. Johanna. Cursou pós-doutorados em microbiologia na Universidade de Cornell (1988-1989, Dr. A.R.J. Eaglesham, Dr. R.W.F. Hardy) e em fitoquímica e sinalização molecular plantas-microrganismos na Universidade da California (1989-1991, Dr. D.A. Phillips); posteriormente, também realizou um pós-doutorado na Universidade de Sevilla (1997-1998, Dr. M. Megías). Em julho de 1991 transferiu-se para a Embrapa Soja, em Londrina (PR) e desde o princípio trabalhou ativamente com o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) e com a Embrapa Cerrados e iniciou a carreira como professora e orientadora de pós-graduação da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Além dessas, possui hoje intensa colaboração com várias outras instituições nacionais (UFPR, LNCC, FEPAGRO, IPA, UDESC, Embrapa Agropecuária Oeste e Roraima) e internacionais (Universidades de Sevilla-Espanha, Minnesota-EUA, La Plata-Argentina, Wageningen-Holanda, La Molina-Peru, Fundação Bill & Melinda Gates-EUA). Já orientou mais de 50 alunos de graduação e pós-graduação e se orgulha não só das publicações, como do vínculo de amizade mantido com os ex-alunos. Atua nas Sociedades Brasileira de Microbiologia (SBM) e Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS), sendo a primeira e, até o presente momento, única mulher presidente da SBCS (2001-2003). Recebeu prêmios e é membro do corpo editorial e revisora de revistas nacionais e internacionais, fundações e instituições de pesquisa nacionais e internacionais. É bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq desde 1992, nível 1A desde 2008. Sempre se dedicou à pesquisa em fixação biológica do nitrogênio e microbiologia do solo e o principal diferencial de seu trabalho está em unir a pesquisa básica, como genômica e proteômica, à pesquisa aplicada, como desenvolvimento de inoculantes microbianos. Como resultado, tem mais de 500 publicações, que vão de artigos no PNAS, passando por livros didáticos para alunos e cartilhas para agricultores.
Marilia Oliveira Fonseca Goulart
Graduada em farmácia (1975) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutora em química (1983) pela mesma instituição. Realizou estágios de pós-doutorado na Faculdade Queen Mary (1985-1987), na Inglaterra, na Universidade de Munique (1992), na Alemanha, e na École Normale Supérieure Paris (2004-2005), na França. Tem experiência na área de química e biotecnologia, com ênfase em eletroquímica orgânica, bioeletroquímica e química orgânica. Dentre os prêmios recebidos, destacam-se: Prêmio Jovem Cientista (1984); Troféu Hélvio Auto (2003), da Prefeitura de Maceió; Medalha de Honra (2003), da UFMG; e o Prêmio Marie Curie (2011), da Sociedade Brasileira de Química (SBQ). Além da ABC, possui associações com a SBQ e com a Sociedade Internacional de Eletroquímica (ISE, na sigla em inglês). Para a Acadêmica, a ciência requer paixão e não escolhe gênero. Por isso, defende políticas que equilibrem a participação feminina na ciência.
Newton M. Barbosa Neto
Bacharel em Física pela Universidade Federal do Ceará (1998), mestre (2001) e doutor (2005) em ciências: Física básica pelo Instituto de Física de São Carlos – USP, tendo sido orientado pelo Prof. Sergio Carlos Zilio. Atualmente é Professor associado da Faculdade de Física da Universidade Federal do Pará, tendo anteriormente sido Professor do Instituto de Física da Universidade Federal de Uberlândia. Realiza pesquisas na área de propriedades ópticas e espectroscópicas da matéria condensada, tendo especial interesse em pesquisas interdisciplinares envolvendo o entendimento de aspectos Físico-químicos de sistemas moleculares, tais como: investigação da cinética de estados excitados e processos de interação intermolecular. Também se interessa pela investigação das propriedades eletrônicas e vibracionais da matéria, visando o entendimento de suas assinaturas espectroscópicas. Publicou da ordem de 40 trabalhos em revistas indexadas e nos últimos nove anos orientou aproximadamente quinze alunos de iniciação científica, dois alunos de mestrado e um de doutorado.